ATA DA CENTÉSIMA DÉCIMA SEXTA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 07-12-2011.

 

Aos sete dias do mês de dezembro do ano de dois mil e onze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Elói Guimarães, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Maria Celeste, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon, Toni Proença e Waldir Canal. Constatada a existência de quórum, a senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Beto Moesch, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, Luiz Braz, Mario Manfro, Nelcir Tessaro, Pedro Ruas, Professor Garcia, Sebastião Melo e Tarciso Flecha Negra. Após, foi apregoado Requerimento de autoria do vereador Carlos Todeschini (Processo nº 3911/11), deferido pela senhora Presidenta, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo, do dia de hoje ao dia nove de dezembro do corrente, em audiência com o Ministro da Justiça, em Brasília – DF. Do EXPEDIENTE, constaram Ofícios do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, emitidos no dia trinta de novembro do corrente. Durante a Sessão, deixaram de ser votadas as Atas da Nonagésima, Nonagésima Primeira, Nonagésima Segunda, Nonagésima Terceira, Nonagésima Quarta, Nonagésima Quinta, Nonagésima Sexta, Nonagésima Sétima e Nonagésima Oitava Sessões Ordinárias e da Vigésima Quarta, Vigésima Quinta, Vigésima Sexta, Vigésima Sétima, Vigésima Oitava, Vigésima Nona e Trigésima Sessões Solenes. Às quatorze horas e dezoito minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Executivo nº 040/11 (Processo nº 3490/11). Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 10 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 040/11, por vinte e um votos NÃO e duas ABSTENÇÕES, após ser encaminhada à votação pela vereadora Fernanda Melchionna e pelos vereadores Luciano Marcantônio e Bernardino Vendruscolo, em votação nominal solicitada pelo vereador Nilo Santos, tendo votado Não os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Elias Vidal, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Maria Celeste, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia, Reginaldo Pujol e Toni Proença e optado pela Abstenção a vereadora Fernanda Melchionna e o vereador Pedro Ruas. Foi votada destacadamente e aprovada a Emenda nº 11 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 040/11, por doze votos SIM e dez votos NÃO, após ser encaminhada à votação pelos vereadores Dr. Raul Torelly, Adeli Sell, Reginaldo Pujol, Luiz Braz, Professor Garcia, Airto Ferronato, Pedro Ruas, Luciano Marcantônio e Elói Guimarães, em votação nominal solicitada pelo vereador João Carlos Nedel, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, Beto Moesch, Dr. Raul Torelly, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, Maria Celeste, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol e Toni Proença e Não os vereadores Adeli Sell, DJ Cassiá, Elói Guimarães, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mario Fraga, Mauro Zacher e Paulinho Rubem Berta. Foi votada destacadamente e aprovada a Subemenda nº 01 à Emenda nº 11 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 040/11. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 13 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 040/11, por doze votos SIM e quatorze votos NÃO, após ser encaminhada à votação pelos vereadores Aldacir José Oliboni, DJ Cassiá, Engenheiro Comassetto, Idenir Cecchim, Maria Celeste, Fernanda Melchionna e Luiz Braz, em votação nominal solicitada pelo vereador João Carlos Nedel, tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, Dr. Raul Torelly, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Pedro Ruas, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença e Não os vereadores Alceu Brasinha, Beto Moesch, DJ Cassiá, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mauro Zacher, Nilo Santos, Professor Garcia e Sebastião Melo. Na ocasião, a senhora Presidenta declarou prejudicada a Subemenda nº 01 à Emenda nº 13 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 040/11, em face da rejeição da Emenda nº 13. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 14 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 040/11, por sete votos SIM e quinze votos NÃO, após ser encaminhada à votação pelos vereadores Aldacir José Oliboni, DJ Cassiá, João Antonio Dib, Luiz Braz, Airto Ferronato e Engenheiro Comassetto, em votação nominal solicitada pelo vereador João Carlos Nedel, tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Mauro Pinheiro e Pedro Ruas e Não os vereadores Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, DJ Cassiá, Dr. Thiago Duarte, Elói Guimarães, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mario Fraga, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo Santos e Tarciso Flecha Negra. Na ocasião, a senhora Presidenta declarou prejudicada a Subemenda nº 01 à Emenda nº 14 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 040/11, em face da rejeição da Emenda nº 14. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 16 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 040/11, por três votos SIM, dezoito votos NÃO e duas ABSTENÇÕES, após ser encaminhada à votação pelos vereadores Aldacir José Oliboni, Mauro Pinheiro, Alceu Brasinha, Luiz Braz e Dr. Thiago Duarte, em votação nominal solicitada pelo vereador João Carlos Nedel, tendo votado Sim os vereadores Aldacir José Oliboni e Engenheiro Comassetto e a vereadora Fernanda Melchionna, votado Não os vereadores Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mauro Zacher, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia e Sebastião Melo e optado pela Abstenção os vereadores Nelcir Tessaro e Tarciso Flecha Negra. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 20 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 040/11, por sete votos SIM e dezoito votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador João Carlos Nedel, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Nelcir Tessaro e Pedro Ruas e Não os vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Elói Guimarães, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mauro Zacher, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia, Sebastião Melo e Tarciso Flecha Negra. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 21 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 040/11, por sete votos SIM, dezessete votos NÃO e duas ABSTENÇÕES, após ser encaminhada à votação pelo vereador Pedro Ruas, em votação nominal solicitada pelo vereador João Carlos Nedel, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Mauro Pinheiro, Pedro Ruas e Waldir Canal, votado Não os vereadores Alceu Brasinha, Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Thiago Duarte, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia e Tarciso Flecha Negra e optado pela Abstenção os vereadores Bernardino Vendruscolo e Dr. Raul Torelly. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 22 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 040/11, por sete votos SIM e quinze votos NÃO, após ser encaminhada à votação pelos vereadores Pedro Ruas, Fernanda Melchionna, João Antonio Dib e Dr. Thiago Duarte, em votação nominal solicitada pelo vereador João Carlos Nedel, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Mauro Pinheiro, Pedro Ruas e Reginaldo Pujol e Não os vereadores Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elói Guimarães, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Mario Fraga, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro e Nilo Santos. Na ocasião, a senhora Presidenta declarou prejudicada a Subemenda nº 01 à Emenda nº 22 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 040/11, em face da rejeição da Emenda nº 22. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 24 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 040/11, por sete votos SIM, dezoito votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador João Carlos Nedel, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Mauro Pinheiro e Pedro Ruas, votado Não os vereadores Alceu Brasinha, Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mario Fraga, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia, Reginaldo Pujol e Sebastião Melo e optado pela Abstenção o vereador Tarciso Flecha Negra. Em verificação de votação solicitada pelo vereador João Antonio Dib, foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 32 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 040/11, por doze votos SIM e quatorze votos NÃO, após ter sido aprovada em sua votação simbólica, tendo sido encaminhada à votação pelos vereadores Airto Ferronato, Adeli Sell, Bernardino Vendruscolo, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Engenheiro Comassetto, DJ Cassiá e Luiz Braz e pela vereadora Fernanda Melchionna, tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, João Carlos Nedel, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Toni Proença e Waldir Canal e Não os vereadores Alceu Brasinha, Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mario Fraga, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo Santos e Tarciso Flecha Negra. Na ocasião, a senhora Presidenta declarou prejudicada a Subemenda nº 01 à Emenda nº 32 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 040/11, em face da rejeição da Emenda nº 32. Ainda, o vereador Pedro Ruas formulou Requerimento verbal, deferido pela senhora Presidenta, solicitando a retirada do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 016/09 (Processo nº 2599/09) da priorização para a Ordem do Dia da presente Sessão. Foi votada destacadamente e aprovada a Emenda nº 38 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 040/11, por vinte votos SIM e dois votos NÃO, após ser encaminhada à votação pelos vereadores Reginaldo Pujol, Luiz Braz e Engenheiro Comassetto, em votação nominal solicitada pelo vereador João Antonio Dib, tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo e Toni Proença e Não os vereadores João Antonio Dib e Luciano Marcantônio. Na oportunidade, em face de Questões de Ordem formuladas pelos vereadores Reginaldo Pujol e Professor Garcia, a senhora Presidenta prestou esclarecimentos acerca das normas regimentais para renovação de votação de proposições. Às dezoito horas e vinte e nove minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezoito horas e trinta e três minutos. Foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 040/11. A seguir, foi aprovado Requerimento de autoria do vereador Professor Garcia, solicitando renovação da votação da Emenda nº 32 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 040/11 (Processo nº 3490/11), por vinte e seis votos SIM e quatro votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador João Antonio Dib, tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Elias Vidal, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Waldir Canal e Não os vereadores João Antonio Dib, Luiz Braz, Mario Fraga e Nelcir Tessaro. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 051/11 (Processo nº 3792/11). Às dezoito horas e quarenta e três minutos, a senhora Presidenta declarou encerrada a Ordem do Dia. Após, foram apregoados os seguintes Memorandos, deferidos pela senhora Presidenta, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo: nº 092/11, de autoria do vereador Carlos Todeschini, no dia de ontem, em solenidade relativa ao Dia Nacional da Extensão Rural, às treze horas, no Salão Júlio de Castilhos do Palácio Farroupilha; nº 109/11, de autoria do vereador Engenheiro Comassetto, do dia de hoje ao dia nove de dezembro do corrente, na 31ª Reunião do Conselho das Cidades, no Ministério das Cidades, em Brasília – DF –; e nº 033/11, de autoria da vereadora Maria Celeste, hoje, em reunião sobre a recolocação de famílias da Vila Floresta, na Sala de Audiências do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania – CEJUSCON –, em Porto Alegre. Durante a Sessão, os vereadores Reginaldo Pujol, Maria Celeste, João Antonio Dib, Mauro Zacher, Airto Ferronato, Mauro Pinheiro, Nilo Santos, Sebastião Melo, Nelcir Tessaro, Paulinho Rubem Berta, Engenheiro Comassetto, Professor Garcia e Toni Proença manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Às dezoito horas e quarenta e cinco minutos, a senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pela vereadora Sofia Cavedon e pelos vereadores Paulinho Rubem Berta e Airto Ferronato e secretariados pelo vereador Paulinho Rubem Berta. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo senhor 1º Secretário e pela senhora Presidenta.

 

 


A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 3490/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 040/11, que estima a receita e fixa a despesa do Município de Porto Alegre para o exercício econômico-financeiro de 2012. Com Emendas nos 01 a 33 e 35 a 45 e Subemendas nos 01 às Emendas nos 07, 08, 11, 13, 14, 22, 29, 30, 31, 32 e 33.

 

Parecer:

- da CEFOR. Relator Ver. Airto Ferronato:

a) pela aprovação do Projeto de Lei do Executivo nº 040/11.

b) pela aprovação das Emendas nos 01; 02; 03; 04; 05; 06; 07, com Subemenda nº 01; 08, com Subemenda nº 01; 09; 10; 11, com Subemenda nº 01; 12; 13, com Subemenda nº 01; 14, com Subemenda nº 01; 16; 18; 19; 20; 21; 22, com Subemenda nº 01; 24; 25; 26; 29, com Subemenda nº 01; 30, com Subemenda nº 01; 31, com Subemenda nº 01; 32, com Subemenda nº 01; 33, com Subemenda nº 01; 35; 37; 38; 39; 40; 41; 42; 43; 44 e 45.

c) pela rejeição das Emendas nos 15, 17, 23, 27, 28 e 36.

 

 

Observações:

- para aprovação, maioria simples de votos, presente a maioria absoluta dos Vereadores – art. 53, “caput”, c/c art. 82, “caput”, da LOM;

- o Projeto será votado com as Emendas com Parecer pela aprovação, nos termos do art. 120, VI, do Regimento da CMPA;

- para a votação em separado de Emenda com Parecer pela aprovação ou rejeição, será necessário requerimento subscrito por um terço dos membros da Casa – art. 120, VI, do Regimento da CMPA;

- após a aprovação de Parecer na CEFOR e durante a Ordem do Dia não serão admitidas Emendas (art. 120, § 1º, do Regimento);

- retirada de tramitação a Emenda nº 34;

- aprovadas em bloco as Emendas nos 02; 05; 06; 12; 18; 19; 25; 26; 29, com Subemenda nº 01; 30, com Subemenda nº 01; 31, com Subemenda nº 01; 33, com Subemenda nº 01; 35; 37; 39 a 45;

- aprovada a Emenda nº01;

- rejeitadas as Emendas nos 03, 04, 07, 08 e 09;

- prejudicada a votação das Subemendas nº 01 às Emendas nos 07 e 08.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação a Emenda nº 10, destacada, ao PLE nº 040/11. (Pausa.) A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 10, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Srª Presidente, eu queria aproveitar essa questão da Emenda em relação ao Corpo Bombeiros, porque nós sabemos que essa Corporação é vinculada ao Governo Estadual. Portanto, cabe a discussão em relação aos repasses do Município. Enfim, seria interessante que o Vereador expusesse em qual medida ele gostaria de dispor esses recursos e em quais funções. Mas eu queria falar da situação dos bombeiros e por isso subi à tribuna, porque, de fato, nós temos um problema grave no Estado do Rio Grande do Sul. O Corpo de Bombeiros é uma das poucas instituições que ainda está vinculada à Brigada Militar. Nós temos apenas dois Estados em todo o Brasil que ainda têm o Corpo de Bombeiros vinculados à Brigada Militar, quando são atividades bastante distintas. Uma se refere à segurança preventiva e ostensiva, como é o caso da Brigada, e outra se refere à atuação concreta em relação a salvar as vidas. E nessa união em relação ao Corpo de Bombeiros, nós achamos que muito tem sido preterido, inclusive com relação aos equipamentos e às condições de trabalho desses trabalhadores, que estão entre as categorias melhor avaliadas do País, com altos índices de credibilidade na população. Não nos esqueçamos que, no início deste ano, o Rio de Janeiro se dividiu entre o Rio Vermelho, comandado pelos Bombeiros lutando pela justa remuneração salarial, e a política daquele Governo de Estado em tentar derrotar uma luta valorosa, necessária e justa dos bombeiros em relação à sua remuneração, às suas condições de trabalho, à própria anistia, porque, como qualquer categoria, os bombeiros têm que ter o direito de poderem se organizar.

Neste debate, nós também verificamos que, aqui no Rio Grande do Sul, apesar da reivindicação histórica da Associação dos Bombeiros, pouco se tem avançado numa discussão tão importante para o Estado, porque tem a ver, inclusive, com o repasse dos recursos e a possibilidade de dotar o Corpo de Bombeiros com melhores equipamentos, com melhores caminhões, como também ampliar o quadro dos servidores para que esses profissionais possam melhor atender à população. Nós sabemos, a partir de todos esses episódios, da importância que os bombeiros têm para os cidadãos, para a sociedade, para a garantia das vidas de todos nós.

Gostaria de só fazer esse registro do meu respeito, do apoio do PSOL, meu e do Ver. Pedro Ruas, à luta dos bombeiros, e da certeza de que essa categoria merece ser ouvida e merece que o Governo do Estado avance nas negociações em relação ao Corpo de Bombeiros.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Lembro que se trata de uma Emenda que propõe a construção de um monumento aos bombeiros, não de destinação de recursos para os bombeiros. Apenas para orientar V. Exas que estão se acomodando nesta tarde.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, eu só quero um esclarecimento da Mesa, porque só agora está chegando a documentação para mim. Colocou-se no Orçamento a proposta de um monumento para os bombeiros, e não há recursos para isso?

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Emenda indica recursos para isso: R$ 50 mil.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Então tem recursos!

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Apenas estou precisando que não são recursos para os bombeiros, são para um monumento aos bombeiros.

O Ver. Luciano Marcantônio está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 10, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. LUCIANO MARCANTÔNIO: Srª Presidente, colegas Vereadores, essa homenagem que o Ver. Haroldo corretamente propõe aos bombeiros do Rio Grande do Sul, através da Emenda nº 10, é a construção do monumento para homenagem de Porto Alegre aos bombeiros, no valor de R$ 50 mil. Tenho certeza de que a base aliada, o Governo Fortunati vai receber o Ver. Haroldo e buscar uma alternativa para que se possa, através de um projeto, definir realmente os custos, e o local desse monumento, a fim de que se possa viabilizar algo tão importante, inclusive porque a fonte indicada pelo Vereador não é a que vai viabilizar o Projeto. Então, esse assunto já foi conversado com o Líder da Bancada, Ver. Idenir Cecchim, que, com o Ver. Haroldo, falará com o Secretário da Cultura. Com certeza, o Prefeito Fortunati e a sua equipe vão buscar uma alternativa de viabilizar essa homenagem digna à nossa valorosa Corporação dos Bombeiros da Brigada Militar. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 10, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; eu quero, Ver. Luciano Marcantônio, já deixar o microfone aberto e dizer que tomei conhecimento desta Emenda agora. Eu tenho o maior respeito à Brigada Militar e ao Corpo de Bombeiros, mas usarmos dinheiro público, se foi isso que entendi, para fazer homenagens e monumentos?! Se for isso, Vereador...

 

(Aparte antirregimental do Ver. Luciano Marcantônio.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não há possibilidade de apartes.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Só me faça um sinal: é pela rejeição? É que não ficou claro; pelo que entendi, V. Exª estava apoiando a Emenda! Estamos de acordo.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Nilo Santos, a Emenda nº 10, destacada, ao PLE nº 040/11 (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 21 votos NÃO e 02 ABSTENÇÕES.

Em votação a Emenda nº 11, destacada, ao PLE nº 040/11. (Pausa.) O Ver. Dr. Raul Torelly está com a palavra para encaminhar a Emenda nº 11, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. DR. RAUL TORELLY: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Vereadores e Vereadoras, todos que nos assistem, vim ao microfone para esclarecer o porquê da Emenda, muito mais em função de que, ao longo desses anos em que eu estou aqui na Câmara, nunca coloquei Emendas no Orçamento, exceto uma vez, para o Centro de Planejamento Familiar, que, graças a Deus, se concretizou na Cidade e já está atuando há dois anos em Porto Alegre.

Esta Emenda chegou ao Orçamento, porque há uma situação na Praça das Nações Unidas, no bairro Petrópolis, onde existe uma cancha de bocha há 25 anos. Ali há um grupo muito grande de idosos cujo lazer é a prática da bocha. Eles também se dedicam à Associação da região, que é a Associação ConViver Melhor. Acredito que todos os Vereadores saibam que, nessa praça, há alguns anos, tivemos problemas de violência, de assassinatos, e que houve toda uma reestruturação da praça através da parceria da associação comunitária e da Governança Local Solidária – inclusive serviu de exemplo no início do Governo Fogaça –, e faz cinco, seis anos que esse processo que envolve essa cancha de bocha vem sendo encaminhado diretamente aos órgãos públicos. Ele já teve projeto pela SMOV, já passou por três Secretários da SMAM, e, na última vez, tentaram-se contrapartidas no local. É uma reivindicação muito grande da comunidade local, porque as pessoas utilizam a cancha no máximo por seis meses durante o ano. São pessoas de muita idade, e muitas delas não podem jogar no sol a pino, nem na chuva, é óbvio. Essa é uma reivindicação que não deveria se tornar uma emenda. Infelizmente, ela chegou até aqui – e foi aprovada, inclusive, no Orçamento – e agora está sendo destacada, em função de uma questão técnica de remanejo de recursos dentro do Orçamento. Mas ela foi, inclusive, proposta a este Vereador, na última visita que fizemos, há cerca de um mês e meio, ao Secretário da SMAM, Luiz Fernando Záchia, que se comprometeu também a apoiá-la, concretizá-la, Inclusive sugeriu que ela fosse apresentada. Então, eu nada mais fiz do que dar vazão a esse processo de anos que vem se estruturando ali naquela comunidade e que, com certeza, é uma demanda que envolve todo o pessoal da associação, que tem trabalhado muito por toda a sociedade e que, inclusive, para vocês terem uma ideia, já comprou material, e esse material chegou a apodrecer no local, porque não foi conseguido, junto à Secretaria, que fosse feita a obra. Então, a Emenda é a tábua de salvação. Senão, eu não estaria aqui apresentando e nem pedindo a aprovação dos colegas, podem ter certeza disso. Muito obrigado. Saúde para todos.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 11, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. ADELI SELL: Perdoem-me as colegas, os colegas e os cidadãos que nos ouvem. Eu fiquei quieto durante todo esse tempo de encaminhamento das Emendas do Orçamento, porque eu não entendo esta Casa. Aqui, se houver duas pessoas contra o Orçamento Participativo, será muito. Nem sei se há alguém contra; acho que não. Há gente contra, mas são poucos, muito poucos.

Vejam o seguinte: nós temos um conjunto de obras; vamos disputar junto às comunidades as nossas ideias. Nós temos o direito e o poder de fazer Pedido de Providências e, às vezes, nós somos covardes e não aplicamos a lei quando o Prefeito, em tempo legal, regimental, Ver. João Dib, não nos responde, e, daqui para frente, podem ter certeza, eu serei um cricri dos meus Pedidos de Providências, porque direito de Vereador é direito de Vereador.

Eu estou do lado de cá do balcão, representando o povo de Porto Alegre. Eu pedi à minha Bancada para fazer o encaminhamento – contra, evidentemente, a Emenda, como sou contra várias Emendas aqui. Nós temos que solicitar que toda praça que tenha uma cancha de bocha seja mantida pelo Poder Público; em não podendo, virem-se, vão atrás, mas não como aconteceu na Praça Garibaldi. Deram a praça para uma empresa grande, muito grande da Cidade, que lá colocou duas placonas – não é uma placa, não; é uma placona –, mas deixaram fora o busto a Garibaldi. Claro, Garibaldi com dedo quebrado; a Anita suja! Gente, a Anita nunca foi suja; o Garibaldi está imundo, gente! Eu reivindico isso. Eu já fiz chimarreada lá, reuni o pessoal, vou fotografar mais uma vez, vou mandar distribuir no mundo que há um desrespeito em Porto Alegre a duas figuras ímpares, a dois revolucionários de dois mundos. Eu vou junto com o Dr. Raul. Ah, eu vou junto! Vou abrir faixa, vou fotografar, vou fazer passeata nas Nações Unidas. Vamos ocupar a Praça Nações Unidas. Vamos chamar as pessoas, vamos reivindicar. Agora, é o seguinte, gente: é a Prefeitura que tem que mandar a Peça Orçamentária; ela que responda por sua Peça Orçamentária. É uma decisão do Executivo. E vou dizer: “Está vendo? Olha aqui, não fizeram tal coisa”? Mas nós criticamos Deputados Federais por causa das emendas e nós estamos fazendo a mesma coisa aqui! A mesma coisa! Qual é a diferença? Ah, eles têm conta agora, Braz, mesmo? São R$ 15 milhões em emendas. “Não, a gente faz uma emendinha de R$ 50 mil, de R$ 25 mil”. Onde nós estamos?! Nós estamos em Porto Alegre! Uma Cidade que deveria ser moderna, porque foi moderna, foi avançada, está parada, tem que crescer, tem que se desenvolver, tem que juntar forças, tem que ir para frente! Chega de paralisia! Chega de discussão entre nós sobre esses temas. Aí se convence um membro do Governo: “Retira a tua emenda, que eu aprovo outra”. Luciano! Não dá para discutir assim. Vamos mudar o nosso comportamento aqui sobre esses temas. Não dá!

É o seguinte, com todo o respeito: faz emenda e depois leva uma prensa, volta atrás, vota contra, abstém-se... Gente! Isto aqui é a Câmara Municipal, para fazer debate político, debate ideológico, debate dos problemas da Cidade, por onde tem que avançar a Cidade. Eu desafio quem queira discutir, por exemplo, o Cais Mauá. Porque agora tem gente que é pai do Cais Mauá! Tem gente que é pai de não sei de quem! Agora, quando é para botar a cara para bater, para discutir, para botar artigo no jornal, aí não estão. “Posso perder meus votinhos.” Eu não estou aqui para ganhar ou perder votinhos, estou aqui para trabalhar em defesa da cidade de Porto Alegre. Dr. Raul, desculpe-me, mas vamos de novo ao Záchia, vamos falar com ele. Está errado! O Secretário vai propor... O Vereador faz uma emenda – ou faz ou não faz! Há dotação orçamentária na SMAM? Não tem...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Peço ao Ver. Paulinho Rubem Berta que conduza os trabalhos por alguns minutos, para que eu possa ir à reunião do Conselho de Cidadãos Honorários e Eméritos de Porto Alegre, que está elegendo a nova Presidência.

O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 11, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Vereadora-Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, diz o Ver. Adeli Sell, com o seu verbo eloquente, que nós aqui temos que discutir o Cais do Porto, discutir assuntos importantes da Cidade.

Eu quero dizer o seguinte: para mim, importante é todo aquele assunto que vem a ser objeto das nossas decisões aqui na Casa. Eu não vou mais silenciar diante desse discurso de que o Vereador não pode fazer isso, não pode fazer aquilo, e não explicam por que não pode. Por que o Vereador não pode propor que a Praça Nações Unidas seja contemplada com R$ 25 mil para reconstituir a cobertura da cancha de bocha que lá existe?

Será que é, Vereador Elói, porque a proposição do Orçamento diz que as decisões do Orçamento já foram decididas pelo Orçamento Participativo? Então, não temos mais o que discutir, essa é a linha; o Município elabora o Orçamento como quer, elege o Orçamento Participativo como sendo o seu parceiro único, exclusivo, e nós aqui concordamos.

Ora, Ver. Adeli, o direito de dispor sobre os projetos de lei que por aqui passam, que nos é assegurado pela Lei Orgânica Municipal, eu não vou abrir mão dele. Eu lamento, inclusive, que eu não tenha feito uma Emenda semelhante à sua, Vereador, pedindo que reconstituíssem algumas praças da Restinga, a Praça do Capitólio... Ver. Mario, V. Exª, que é um grande representante do Governo nesta Casa, que terminassem com aquele assombro que é o Capitólio. Eu lamento que eu não tenho feito isso, porque eu acho que “água mole em pedra dura, tanto bate, até que fura”.

Então, eu acho que pretender como pretende o Vereador... Inclusive seguiu o aconselhamento do Secretário do Meio Ambiente, que pede que ele coloque R$ 25 mil no Orçamento para atender o bairro todo, que interessa que tenha, na Praça Nações Unidas, um local adequado para que os mais antigos possam praticar o seu esporte, em todo o período e com todo o conforto. Isso aqui está diretamente ligado às nossas funções. Acho que nós temos que marcar essa discussão. Eu coloquei, propositadamente, cinco Emendas no Orçamento, com valores insignificantes, de no máximo 20 mil reais. É tudo para marcar posição.

Acho que neste Orçamento, Ver. Raul, tem que ficar bem claro que o Vereador pode e deve fazer emendas, assim como V. Exª fez, e eu vou apoiá-lo. Não sei qual será o resultado que vai ser dado, mas comigo, com o meu voto, V. Exª pode contar, porque acho que é um direito que o senhor tem, é mais do que um direito, é um dever. Acho que tínhamos que coalhar o Orçamento de propostas, abrindo espaço para que as coisas pudessem acontecer, e recuperando uma prerrogativa que é deste Parlamento, e que, infelizmente, em outros tempos, abriram mão em favor do Orçamento Participativo. Lá se decide tudo; aqui, não se decide nada! Tem que se homologar, bater palmas, e subscrever. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE (Paulinho Rubem Berta): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 11, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Ver. Paulinho Rubem Berta, presidindo os trabalhos desta Sessão; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores, com toda a certeza, o meu amigo Ver. Dr. Raul é um dos Vereadores que merece, de toda a sociedade, toda a consideração possível.

E quando ele apresentou esta Emenda, tenho certeza de que foi com o intuito de ajudar a comunidade para que pudesse estar munida de uma cancha de bocha à altura daquilo que precisam as pessoas, principalmente as mais idosas daquela região.

Ver. Dr. Raul, eu tinha dito, e afirmei, logo no início da Sessão, que votaria a favor das Emendas populares e não das Emendas dos Vereadores. E vou continuar fazendo isso, e já peço desculpas a V. Exª.

Comparando com o Orçamento Participativo, eu devo dizer que uma das minhas repulsas ao Orçamento Participativo é exatamente, Ver. Toni Proença – V. Exª que é um dos homens que mais entende de Orçamento Participativo nesta Casa –, que numa discussão entre uma cancha de bocha e uma sala de aula, ganhou, no Orçamento Participativo, a cancha de bocha, e a sala de aula ficou em segundo plano. Sempre que existir essa possibilidade, Ver. Toni Proença, eu vou ter um motivo a mais para não apoiar o Orçamento Participativo, ou essa ideia do Orçamento Participativo. Eu acho que – minhas escusas ao atual Prefeito, Fortunati, e ao ex-Prefeito, Fogaça – o Orçamento Participativo é uma forma errada de os dirigentes administrarem uma cidade. Acho que nós deveríamos ter nas cidades técnicos competentes suficientes para poder orientar o crescimento que nós devemos ter numa cidade como Porto Alegre, para a cidade não crescer torta. A nossa Cidade, infelizmente, depois que se adotou o Orçamento Participativo, nas primeiras gestões do PT, a Cidade começou a entortar e nunca mais, na verdade, nós conseguimos ter uma Cidade que pudesse crescer de uma forma correta. Por isso, eu sou um dos Vereadores da Casa que nunca foi favorável a essa espécie de Orçamento Participativo, que foi criado aqui na época do PT, depois continuado pelo Fogaça, e agora também adotado pelo Fortunati. Por esses motivos, eu não posso, Ver. Dr. Raul Torelly, com todo o carinho que tenho por V. Exª, apoiar uma Emenda como essa, que coloca recursos para reformar uma cancha de bocha; não vou fazer isso, vou votar contrariamente. Pelo mesmo motivo que eu não gostaria, de forma nenhuma, que no Orçamento Participativo estivessem votando canchas de bocha por aí, porque, afinal de contas, isso poderia ser suprido, tranquilamente, com um esforço maior das comunidades, com o empenho de um e de outro, com o trabalho de um e de outro, e não precisaríamos utilizar recursos públicos para poder chegar até lá. Eu acho que essa mania que o político tem de criar comodidades para poder ganhar votos é muito ruim, nós temos que trabalhar com as comunidades no sentido de orientá-las, de fazer com que possam progredir, serem donos do seu próprio progresso dentro das suas regiões. Essa, claro, não é uma falha só do meu amigo Dr. Raul, mas todos nós, políticos, temos essa mania de tentar, de alguma forma, legislar criando comodidades dentro das comunidades. Às vezes, em comunidades muito pobres, estão precisando de muita coisa em relação à saúde, educação e segurança, coisas que, aí sim, nós precisamos ter o dinheiro público para satisfazê-las.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulinho Rubem Berta): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 11, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Ver. Paulinho Rubem Berta, presidindo os trabalhos; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, venho aqui fazer alguns esclarecimentos. Primeiro, em relação à Praça Garibaldi e àquilo que foi dito. O que foi dito aqui, e lastimo que o Ver. Adeli Sell não esteja presente, foi um total desconhecimento do que foi feito com relação à Praça Garibaldi. Este Vereador estava como Secretário do Meio Ambiente. Qual é o fato da Praça Garibaldi? Estava para ser feito um edifício na Rua Lima e Silva e havia uma nogueira na área. Eu, como Secretário, não queria assinar a liberação da nogueira, e tinha que fazer o projeto. O Ministério Público entrou, autorizou a transferência da nogueira para 20 metros dentro do próprio terreno e condicionou a adoção da Praça Garibaldi durante cinco anos – recém está no primeiro ano, tem mais quatro anos –, mas não condicionou a questão dos monumentos. Até porque, em Porto Alegre, há toda uma discussão sobre isso, porque quem cuida dos monumentos é a SMAM, mas muitos entendem que deveriam estar na Pasta da Cultura. A Melnick é a responsável pela adoção da Praça Garibaldi – e este Vereador saúda a adoção. O Ver. Beto Moesch, quando Secretário, estimulou muito a adoção, eu tenho certeza de que a adoção é uma das melhores coisas, porque facilita ao Poder Público, desonera o Poder Público. Então, na realidade, esse foi o fato concreto, ou seja, não houve nada mais como o Vereador colocou, as ações estão à disposição do Ministério Público. Houve uma briga, a comunidade não queria a realização do espigão, que é a metros, e, em função disso, a adoção da Praça Garibaldi.

Quero dizer, Ver. Dr. Raul Torelly, que acho que é salutar, cada vez mais nós temos que forçar realmente isso. Agora, o Ver. Luiz Fernando Záchia faz parte do Executivo, não sei qual é a posição do Secretário da Fazenda, que está aqui hoje. Essas coisas têm que ser combinadas. Mas eu acho que é legítimo, porque a comunidade postula, e, realmente ali, naquela comunidade, há mais de ano, o pessoal clama por isso, briga por isso, inclusive, quer ajudar com dinheiro, se for o caso – eles sempre falam. Talvez essa questão dos R$ 25 mil, que pode parecer um absurdo ou não, é uma necessidade. Agora, tem que ver qual é a posição do Executivo. Eu não sei. O Ver. João Antonio Dib, talvez como Líder do Governo, o Secretário Adjunto também está aqui e ele pode ter a posição do Executivo em relação a essa Emenda. Mas eu entendo que ela é simpática. Por quê? Porque é o clamor de uma região.

Quero também colocar em relação à manifestação do Ver. Luiz Braz, quando ele coloca a questão do Orçamento Participativo, e aqui é posição de ideias, eu acho que o Orçamento Participativo foi a forma mais democrática e a maior evolução que a Cidade teve nos últimos anos. Ou seja, fazer com que a população pudesse ir ao encontro do Executivo e dizer quais os seus pleitos. E a comunidade foi muito sábia nisso. Se nós notarmos, ao longo dos anos, o que a comunidade começou a aprender? No primeiro momento, ela pedia asfalto, mas descobriu que, antes do asfalto, tinha que vir o saneamento básico. E aí eles começaram a pedir a água, o esgoto pluvial, o esgoto cloacal, para depois sair a questão do asfalto, como bem pode dizer o Ver. Airto Ferronato, que foi diretor do DEP.

E foi uma evolução, porque em determinados bairros da Cidade, nos bairros de classe A, hoje, a grande reivindicação nem é relativa à questão do Município, é a Segurança pública, que não é uma atribuição do Município. E o Orçamento Participativo ajudou nisso. E eu pergunto: alguma grande obra da Cidade deixou de ser realizada por causa do Orçamento Participativo? Claro que não! Todas essas obras da Copa vão fazer parte do Orçamento Participativo. E alguma delas foi vetada? Claro que não! Porque a população entende que as grandes obras também são necessárias, mas tem o direito, o dever e a obrigação de as comunidades se mobilizarem para reivindicar uma creche, uma escola, o asfalto, o esgoto cloacal, o esgoto pluvial, ou seja lá o que for. Essa foi uma das grandes vantagens da história de Porto Alegre. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulinho Rubem Berta): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 11, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, resolvi me inscrever depois de ouvir a manifestação do Ver. Adeli Sell quando critica as emendas que se apresentam por iniciativa dos Vereadores. Quero registrar, primeiro, aquilo que já disse: até 1988, as Câmaras de Vereadores, para o Orçamento, diziam sempre “amém”, porque ou aprovavam ou rejeitavam o Orçamento. A partir da Constituição que está vigendo hoje, a de 1988, tem o Vereador a competência de encaminhar emendas. É um poder que nos é dado importante para os cidadãos. O primeiro Vereador de oposição, lá em 1989, que se manifestou favorável ao Orçamento Participativo foi eu, e andei só na oposição por muito tempo. Ora, hoje, as comunidades têm a possibilidade ímpar de, por disputa democrática, apresentar emendas. Acontece, Ver. Pujol – e V. Exª andou correto –, que nós temos os desesperançados do Orçamento – tenho dito isso por diversas vezes –, que são aquelas comunidades pequenas, aquelas instituições pequenas que não conseguem votos suficientes para atender às suas pequeníssimas demandas. Daí a relevância das emendas que se apresentam. Portanto, é um agregado ímpar para a democracia a presença do Orçamento Participativo e a presença do Vereador apresentando suas propostas. O Ver. Raul apresenta uma proposta de colocar R$ 25 mil para uma demanda daquela comunidade, que jamais venceria a demanda no OP, pelo número de envolvidos. Aliás, quero dizer, com relação a canchas de bocha nas praças, que, em meados de 1990, eu apresentei uma proposta para que se fizesse o maior número possível de canchas de bocha em praças, porque, na verdade, é um esporte que alcança a juventude, o adulto e, muito especialmente, também o idoso. Por isso a minha manifestação favorável à Emenda do Ver. Raul.

E quando fiz a relatoria geral, analisei uma a uma, caso a caso, e coloquei a justifica do porquê. É uma justificativa válida, é importante para a Cidade, é uma demanda pequena, mas que alcança um anseio. E concordo: a partir dela, Ver. Adeli, é uma sinalização de que se busca a conservação dessas praças.

Portanto, estamos aqui para dizer que a Emenda é interessante, o meu Parecer foi favorável, aprovamos na CEFOR, e votarei favorável à Emenda do Ver. Raul. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulinho Rubem Berta): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para discutir a Emenda nº 11, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. PEDRO RUAS: Ver. Paulinho Rubem Berta, que preside esta Sessão, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos assiste, eu encaminho em nome do PSOL, portanto, em meu nome e em nome da Ver. Fernanda Melchionna, a presente Emenda de autoria do Ver. Dr. Raul Torelly. É uma Emenda, por todos os aspectos, meritória, Ver. Dr. Raul. Na verdade, essa demanda já chega a duas décadas e atende a uma comunidade que merece, que precisa, e, acima de tudo, não demanda grandes recursos do Erário Municipal. Eu conversava, há pouco, Ver. Dr. Raul, com a Verª Fernanda Melchionna sobre o tema, e verificávamos o seguinte: ali na Praça das Nações Unidas, de fato, há uma comunidade que há muitos anos pleiteia esse tipo de equipamento urbano – me socorre bem o Ver. Engenheiro Comassetto. Na linha de sustentação do Ver. Adeli Sell, nos somos também amplamente favoráveis. Essa é um tipo de Emenda que precisa, sim, existir. O Vereador, a Vereadora, Ver. Tarciso, que conhece a demanda de uma comunidade, que sabe que aquele custo é baixo, que sabe que a demanda é justa, ora, tem mais do que o direito de apresentar esse tipo de Emenda; tem obrigação de apresentá-la porque para todos nós há, sim, um compromisso com essa questão geracional. E quanto àquela cancha de bocha, que por duas décadas aguarda uma cobertura, puxa vida, se nós não pudéssemos fazer agora esse tipo de Emenda, se nós não pudéssemos agora solucionar um problema dessa natureza, com custo tão baixo, e sabendo de projetos, de permutas e terrenos, de gastos discutíveis, que papel teríamos nós em relação ao Orçamento nesse momento? Então, eu encaminho aqui, Ver. Paulinho Rubem Berta, em nome do PSOL, em meu nome, em nome da Verª Fernanda Melchionna, favoravelmente à Emenda do Ver. Dr. Raul Torelly, e, mais do que isso, cumprimentando S. Exª pela iniciativa meritória num momento como este.

(Não revisado pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE (Paulinho Rubem Berta): O Ver. Luciano Marcantônio está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 11, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. LUCIANO MARCANTÔNIO: Ver. Paulinho, colegas Vereadores, com relação a essa Emenda do Dr. Raul – e provavelmente os recursos serão maiores para fazer o que é necessário –, o Secretário Záchia já se comprometeu de, em breve, atender a essa demanda, a essa atenção que o Ver. Dr. Raul faz em relação a esse serviço, que é muito importante, é muito louvável.

Mas é importante ressaltar aqui que Porto Alegre se destaca mundialmente por ser a Capital da democracia participativa, exatamente pela valorização e pelo respeito ao movimento comunitário e ao Orçamento Participativo, que foi valorizado e dada continuidade na gestão Fogaça, e também agora pelo Prefeito Fortunati, a ponto de nós termos o maior Orçamento para investimento do Orçamento Participativo da história de Porto Alegre. E esse Orçamento Participativo é construído pelas lideranças das comunidades de baixa renda, que é onde realmente o serviço público tem que estar presente, com muita força, permitindo que assim esses cidadãos humildes possam, por meio do serviço público, de um investimento no seu bairro, na sua rua, ter condições, ter oportunidade de ter uma vida melhor, de ter acesso à educação, à qualificação profissional, à assistência social, à moradia digna. É lá que o serviço público tem que estar prioritariamente. Por isso é que o Orçamento Participativo é valorizado, e muito, pelo Prefeito Fortunati, pela sua história – ele é um dos fundadores do Orçamento Participativo –, e o OP deve ter, cada vez mais, um papel de destaque nas gestões democráticas e populares de Porto Alegre.

Além do Orçamento Participativo, outro eixo da gestão Fortunati são as obras da Copa, que são grandes obras, e todas vão beneficiar o cidadão de Porto Alegre, o conjunto dos moradores de Porto Alegre; não são obras que vão beneficiar clubes de futebol, são obras diárias, que vão permitir que a nossa Cidade possa ter uma mobilidade urbana que tanto esperamos, são obras habitacionais, são grandes obras como a do Metrô, como a do Aeromóvel, que há anos e anos nós sonhávamos ter e que agora será viável. E o Orçamento Participativo, em nenhum momento, causa qualquer tipo de empecilho para que essas grandes obras também aconteçam.

O outro eixo, o terceiro eixo, é o serviço básico, que tem que acontecer cada vez mais e com mais qualidade. E cabe à população também fiscalizar e cobrar.

Então, de forma alguma, o Orçamento Participativo, que garante que o serviço público aconteça nos locais onde é mais necessário... É por isso que fazemos política, para que a ação pública esteja onde o cidadão precisa do serviço do Governo. Então, de forma alguma o Orçamento Participativo traz qualquer entrave para as grandes obras – isso está provado na gestão Fogaça e na gestão Fortunati –, ou para os serviços básicos. Também não traz nenhum entrave para as nossas Emendas, de nós, Parlamentares.

A orientação do Governo é que os Vereadores que acreditam e fazem as suas emendas dialoguem com o Gabinete de Programação Orçamentária e com os Secretários do Governo, porque eles têm a determinação do Prefeito Fortunati de dar toda a atenção às emendas dos Vereadores para que elas possam ser atendidas, independentemente de a emenda ser aprovada aqui nesta Casa.

Então, caminham juntos o Orçamento Participativo, fundamental para a democracia; as obras da Copa, que estão acontecendo e vão transformar Porto Alegre; o serviço básico, que tem que ser mantido de forma permanente, melhorando a qualidade; e também as nossas Emendas, que são muito respeitadas pelo Governo. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 11, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, eu diria que este é um debate interessante e importante para que se faça uma reflexão sobre essas questões ligadas, em especial, ao Orçamento. No que diz respeito ao direito de propor emendas, o Congresso Nacional, vejam bem, há algum tempo, encontrou um mecanismo que, eu, pessoalmente, tenho dificuldade de admitir como instrumento de administração da coisa pública. Então, ele encontrou uma maneira de dizer que cada Deputado terá “x”. Assim, estabeleceu de forma igual para cada Deputado. É uma coisa extremamente fisiológica, mas entregou a igualdade aos Srs. Deputados, independente de Partidos, Partido “a”, Partido “b”, cada um tem “x”, igualmente no Senado. Isso tem se prestado a situações que não vão ao caso aqui examinar, porque todos conhecemos e sabemos. Então, essa é a questão das Emendas. O Orçamento é oriundo de recursos tirados da economia, da população, através dos impostos, e ele carrega exatamente o caráter público. Eu não quero dizer que a Emenda em debate seja uma Emenda privada, não, absolutamente não. É importante e tem mérito, mas teria que haver critérios para que se dispusesse, para o conjunto dos Vereadores, a possibilidade de emendar. Não quer dizer também que não esteja lá localizada, nessa cancha de bocha, a necessidade. Nós, aqui, na Vila do IAPI, pedimos, ao longo do tempo, que se fizesse uma cancha de bocha. Sabem o que nós fizemos? Nós construímos a cancha de bocha. Aí, correu o nosso chapéu, lá, Ver. Adeli Sell. Foi o nosso chapéu que correu lá e construímos a cancha de bocha. É bem verdade que não tem as qualidades das canchas de bocha feitas pelo Município. Então, deixo aqui essa observação. Há várias canchas de bocha sem a referida cobertura. Fica muito difícil, com todo o mérito que tenha a matéria, nós aprovarmos, porque, do contrário, nós teríamos que estender aos Vereadores e adotar o critério que adota a Câmara Federal, que teria o meu voto contrário. Têm-se prestado, as Emendas do Congresso Nacional, para drenar, muitas vezes, o dinheiro público, não para as finalidades públicas, de que é objeto o Orçamento.

Então, parece-me que temos que usar os instrumentos que temos e bater à porta do Prefeito e dizer: olha, faça uma cancha de bocha lá; cubra ali, etc e tal, porque a comunidade está pedindo. Agora, utilizar instrumentos do Orçamento, fica extremamente difícil – do ponto de vista de uma análise política da coisa – nós aprovarmos.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João Carlos Nedel, a Emenda nº 11, destacada, ao PLE nº 040/11. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 12 votos SIM e 10 votos NÃO.

Em votação a Subemenda nº 01 à Emenda nº 11, destacada, ao PLE nº 040/11. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA.

Em votação a Emenda nº 13, destacada, ao PLE nº 040/11. (Pausa.) O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 13, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Verª Sofia Cavedon; colegas Vereadores, Vereadoras, público que nos acompanha neste momento, há pouco tempo, aqui na Câmara de Vereadores, com a divergência de alguns Vereadores, foi instituído pelo Governo o IMESF – Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família. O Governo Municipal, na ocasião, Ver. Comassetto, dizia que, das 104 equipes de PSF, pretendia, num ano, Dr. Raul, chegar a 200 equipes. Como é que o Governo vai chegar a 200 equipes se não constrói Unidades de Saúde, se não constrói PSFs? É preciso localizar, na Cidade, Áreas de Interesse Social, áreas públicas que possam ser cedidas ou transformadas em Áreas de Interesse Social para construir PSFs! Nós não estamos falando grego aqui! Este Vereador, na região leste de Porto Alegre, se imbuiu também em procurar essas áreas. Nessa área do antigo Terminal Alameda, que ainda hoje é chamada assim, se mantém um serviço do DMLU. Esse Departamento queria ampliar os seus serviços ali, e a comunidade queria construir uma Unidade de Saúde. Uma vez transformada essa área em Área de Interesse Social, o Governo Municipal concordou, através do Secretário Casartelli, do Marcelo Bosio, o Secretário Adjunto, que ali nós construíssemos uma Unidade de Saúde para deslocar quatro equipes de PSF e um Caps – Centro de Atenção Psicossocial – para o próximo ano. Então, essa área, Ver. Beto Moesch, está destinada exatamente para nós construirmos um local para deslocar quatro equipes do Programa de Saúde da Família e mais um Caps.

O Governo vai gastar muito mais que R$ 400 mil, vai gastar mais de um milhão de reais! E essa é apenas uma sinalização de concordar com o que o Governo está pedindo. Eu não estou falando nada em grego, é só ligar para o Secretário da Saúde, o Dr. Casartelli, e ele vai confirmar a sua vontade de construir regionalmente uma ampliação, inclusive do PSF do Campo da Tuca, em que o Dr. Raul trabalha, que será deslocado para o Terminal Alameda, com quatro equipes atendendo toda a região, onde há mais de 40 mil habitantes.

Nós não estamos falando grego! Nós estamos, através da Peça Orçamentária, destinando recursos para que, de fato, o programa do Governo dê certo! Mas aí o Governo vem dizer que não é possível! Então, nós estamos falando uma coisa séria, ou não? Eu acredito que uma sinalização de um valor que até pode ser simbólico, para muitos pode ser altíssimo, R$ 400 mil, mas, em algumas Unidades de Saúde, o Governo gastou R$ 100 mil em reformas! Não valia, e ele já gastou R$ 100 mil na reforma de uma Unidade de Saúde, na Unidade de Saúde Esmeralda, na Lomba do Pinheiro, por exemplo, há poucos anos. Foi um escândalo!

Nós não estamos falando grego, nós estamos concordando com o que o próprio Governo disse aqui que, com a implementação do IMESF e com a duplicação das Unidades de Saúde, para poder duplicar os PSFs – Programas de Saúde da Família – era necessário construir mais Unidades de Saúde em Porto Alegre. E nós estamos trabalhando nessa direção: mais trabalhadores, mais Unidades de Saúde e mais atendimento à população, porque Porto Alegre está muito, mas muito longe do ideal.

Por isso quero fazer um apelo aos colegas Vereadores, pois essa é uma área muito carente, precisamos avançar na Saúde em Porto Alegre, o que é um ganho significativo, seja para o atual Governo, seja para a população. A Comissão de Saúde tem andado pela Cidade e tem percebido que faltam muitos médicos, muitos trabalhadores, não sai concurso público, e é preciso várias coisas andarem juntas. Estamos trabalhando no intuito de dizer ao Governo que é preciso apurar o passo, senão as coisas não acontecem. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Quero lembrar, a pedido do Ver. Airto Ferronato, que a Subemenda nº 01, de autoria do Relator, reduz de R$ 400 mil para R$ 200 mil.

O Ver. DJ Cassiá está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 13, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. DJ CASSIÁ: Srª Presidente; Ver. Oliboni, a questão do investimento na Saúde é fundamental, indiscutível. Ver. Cecchim, vou repetir a mesma frase que tenho repetido durante esses três anos: neste País, durante seis meses no ano se trabalha para pagar impostos. O Governo Federal arrecada impostos até do vento que bate! E digo: se existe pena de morte neste País, começa lá por cima, na Saúde pública.

Voltando à questão da sua Emenda, Ver. Aldacir Oliboni – o senhor é um defensor da Saúde nesta Casa, e torço para que um dia seja Secretário da Saúde; o senhor tem o meu apoio porque o senhor tem todos os caminhos, todos os atalhos –, quero dizer ao senhor que já existe um Projeto aprovado lá para o Terminal, para 2012. Ainda nesse Projeto, Ver. Aldacir Oliboni, aquilo que se discute aqui é quanto à prevenção, ou aos cuidados àqueles usuários de droga e álcool? Pois, Ver. Oliboni, lá vai ter, está contemplado no Projeto. Então, a sua Emenda é indiscutível, eu seria o primeiro a votar, é Saúde! Só que o Prefeito, mais uma vez, se adiantou, o Governo, mais uma vez, junto com Secretaria da Saúde, pulou na nossa frente, Ver. Aldacir Oliboni. Está lá, o Projeto está aprovado e, a partir de 2012 – se Deus quiser! –, vai ser executado nesse mesmo local. Repito: o que tanto temos debatido, tanto temos discutido, que é a questão dos cuidados aos que precisam, aos usuários de drogas e álcool, enfim, lá vai ter.

Então, quero-lhe dizer, Ver. Oliboni, que eu, com certeza, o acompanharia nessa Emenda, seria seu parceiro nessa Emenda, mas o Governo, mais uma vez, se adiantou. Que bom, Ver. Oliboni! Que bom! Para concluir, para colaborar: parabéns à Secretaria da Saúde, parabéns ao Governo Municipal! E lá, Ver. Tarciso, lá vai ter um centro com atendimento ao usuário de drogas e álcool. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 13, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; colegas Vereadores, Vereadoras; senhoras e senhores; venho aqui em nome da minha Bancada, a Bancada do Partido dos Trabalhadores, defender esta Emenda. E aí eu quero expor algumas razões, o porquê dessa defesa. A primeira delas, colegas Vereadores, é que, na cidade de Porto Alegre, todas as pesquisas têm apontado três grandes problemas e três grandes anseios da sociedade: segurança, saúde e educação. Este caso é um tema da Saúde. E nós temos, em Porto Alegre, um Projeto aprovado que é o da Saúde da Família. Agora nós temos que implementá-lo.

Eu quero registrar que essa área do Partenon, na região da Alameda, já foi gravada por esta Câmara, Dr. Raul, como Área Especial de Interesse Institucional, justamente para destiná-la a esses projetos, neste caso, de interesse institucional da Saúde. Como existe um vazio na Saúde, nós temos que propiciar, dar apoio, organizar, ajudar a fazer com que essas estruturas tenham ali, no caso, três ou quatro Equipes de Saúde da Família. E cada Equipe vai atender, a domicílio, a 3 mil famílias. A região do Partenon – São José, Campo da Tuca, que abrange toda aquela grande região da Alameda – é uma das regiões mais carentes de Porto Alegre. Portanto, é uma necessidade, não temos dúvida nenhuma.

E por que o Caps? Porque, com a epidemia da droga, principalmente do crack, têm nascido dezenas, centenas de crianças contaminadas, já com a deficiência da intoxicação, ou crianças que estão entrando na drogadição, principalmente pelo uso de crack. Nós necessitamos de um centro de atendimento infantil para as pessoas dependentes de produtos químicos. Portanto, Ver. Oliboni, esta é uma razão.

A segunda razão, Dr. Torelly – e falo ao Dr. Torelly porque nós acabamos de aprovar uma Emenda ao Orçamento para a cobertura de uma cancha de bocha. Se nós aprovamos para uma cobertura de cancha de bocha, Ver. Luiz Braz – e o senhor veio a esta tribuna dizer que foi rejeitada antes a de uma escola, nós não podemos rejeitar a de um Posto de Saúde. Portanto, creio que é uma questão de mérito do ponto de vista da necessidade desse tema.

Em terceiro lugar, eu quero trazer um exemplo. Ver. Marcantônio, o senhor esteve conosco – assim como outros Vereadores, como o Dr. Thiago que não está aqui – na inauguração do Posto de Saúde Chapéu do Sol. Sabem quantos postos de saúde estão sendo construídos na Região do Extremo-Sul? Dois postos. Sabem por quê? Porque, em 2006, eu e o Dr. Goulart fizemos uma Emenda de R$ 450 mil. Em dezembro de 2006, esse dinheiro ia caducar, e nós estávamos discutindo isso no Ministério Público. Fizemos um TAC, um Termo de Ajustamento de Conduta, que o ex-Secretário Pedro Gus assinou e se comprometeu a utilizar aquele recurso para construir dois postos de saúde: o do Núcleo Esperança, na Restinga, e o do Chapéu do Sol. Obviamente, houve todo um envolvimento do Orçamento Participativo; obviamente, houve um envolvimento do Conselho de Saúde Distrital, mas ali alavancou. São os dois únicos postos de saúde que estão sendo inaugurados, agora, de toda a Região do Extremo-Sul, dentro do convênio com o Moinhos de Vento, e temos que construir mais oito. Isso é um elemento motivador e gerador. Temos que propor aqui esta Emenda, entendendo que há a necessidade naquela Região, e realmente há; é uma das regiões em que há um vazio na Saúde da Família em Porto Alegre. Portanto, esta Emenda tem que ser aprovada para ser um elemento motivador, Paulinho Rubem Berta, deste tema da Saúde em Porto Alegre.

Venho aqui fazer esta justificativa e, obviamente, pedir o voto favorável dos colegas Vereadores e das colegas Vereadoras neste tema tão necessário. Nós temos que fazer o nosso papel: propiciar que isso aconteça o mais rapidamente possível. Um grande abraço. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 13, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Srª Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores; Ver. João Dib, o senhor, que é Líder do Governo na Casa, esta Emenda seria a legítima Emenda desnecessária se o Governo Federal apoiasse a Emenda nº 29. Não seria necessário o Ver. Oliboni, que é um homem preocupado com a Saúde... Eu entendo o Vereador, mas se o Governo Federal apoiasse e aprovasse a Emenda nº 29, não seria necessário esse pedido de migalhas, até mesmo depois que o Governo Municipal apresentou o Projeto. Eu tenho certeza de que não foi a intenção do Ver. Oliboni apresentar uma Emenda em cima de uma coisa que ele descobriu que estava sendo feita. A intenção dele foi a de querer ajudar, é verdade, mas deu essa coincidência: o Governo Fortunati já fez o Projeto, já está destinado esse recurso, e, para fazer isso, a mesma coisa, o Vereador está pedindo aqui como Emenda. Quer dizer, se eu descubro que vai ser feita a obra, eu quero fazer uma Emenda para aquela obra; aí eu fico como o pai da criança! Adotivo – e é bonito ser pai adotivo, mas nós temos que cuidar dos filhinhos, e o Governo Federal também.

Não é necessário o Vereador se escabelar todo aqui e pedir: “Pelo amor de Deus, aprovem esta Emenda”, porque haveria muito dinheiro com a Emenda nº 29, que o Governo Federal não vota, não deixa votar e nega. Nega! É quase um plano de governo do Governo Federal, do qual o PMDB faz parte como Vice; não apoiar a Emenda nº 29 é quase um plano de governo.

Aí ficamos nós aqui, no dia de votação do Orçamento, pedindo Emendas; pedindo Emendas desnecessárias, e o Governo Federal tem a obrigação... Estou falando do Governo Federal, mas poderia falar do Governo Estadual também, que, na Saúde, aplica zero. Zero! Vem gente, vem ambulância do Estado inteiro para Porto Alegre. Eu não vi a Bancada do PT reclamar do Governador Tarso Genro, que não tem dinheiro para a Saúde em Porto Alegre. Mas não é só para os porto-alegrenses: não tem dinheiro para nada. O Governo Estadual tem que pagar essa quantidade enorme de funcionários que tem – e eu nem vou falar de CCs, mas há muitos funcionários. O Governador está muito preocupado, não consegue dar conta, e este ano foi uma loucura a pressão que ele está sofrendo.

Então, para a Saúde não tem do Governo Estadual, não tem do Governo Federal, e a oposição quer que tenha do Governo Municipal. Só que a oposição deu com os burros n’água, porque o Governo do Município vai fazer essa obra que o Ver. Oliboni está pedindo como Emenda. Não há necessidade de aprovar esta Emenda, porque ela já foi aprovada pelo Governo Municipal, pela Prefeitura. A Prefeitura vai fazer a obra no ano que vem. E a população, com a qual o Ver. Oliboni está preocupado, já foi atendida antes do pedido da Emenda. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Maria Celeste está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 13, destacada, ao PLE nº 040/11, pela oposição.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Srª Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, acho importante que se estabeleça, nesta tribuna, o debate sobre a Saúde, mas, mais do que isso, sobre a responsabilidade de cada Prefeito quando assume, que precisa fazer as cobranças necessárias tanto ao Governo Federal quanto ao Governo do Estado.

Quero aqui lembrar, Ver. Cecchim, que eu nunca ouvi do Prefeito Fogaça, uma única vez, uma cobrança à Governadora Yeda sobre o não repasse da verba da Saúde do Estado ao Município de Porto Alegre. Acho muito injusto, neste primeiro ano de Governo Tarso – que nem fechou um ano ainda –, o Governador ser cobrado da forma como foi nesta tribuna, tendo em vista que o seu Governo e o seu Prefeito jamais levantaram sequer uma voz contra a Governadora anterior, pedindo, solicitando que fosse feito o repasse da Saúde do Governo do Estado ao Município de Porto Alegre.

Acho muito injusto vir aqui, neste momento, esquecer aquilo que deveria ter sido cobrado, há muitos anos, pelo então Prefeito Fogaça; sequer se ouviu nesta tribuna ou mesmo no Paço Municipal alguma cobrança do Município de Porto Alegre em relação à dívida do Estado, no tema da Saúde.

E mais: eu quero lembrar a todos aqui que a Secretaria Municipal de Saúde, no Orçamento deste ano, investiu ou previu para investimento R$ 42,3 milhões e, efetivamente, liquidou despesas no valor de apenas R$ 5 milhões, ou seja, apenas 12% do que havia sido previsto foi efetivamente investido na área da Saúde.

Mais, Ver. Oliboni: em compensação, gastou em publicidade R$ 2,6 milhões. Muito bem! Publicidade na Saúde é necessário, temos grandes campanhas que precisam ser feitas no Município: campanhas contra a dengue, campanhas de esclarecimento na questão do número de casos, cada vez maior na cidade de Porto Alegre, de pessoas portadoras de Aids. Então, isso é importante. Agora, R$ 2,6 milhões em publicidade da Secretaria de Saúde?! E aí vem um Vereador a esta tribuna dizer: “Ver. Oliboni, o senhor não se preocupe, a Secretaria já está fazendo o Programa de Saúde da Família do Partenon! Ver. Oliboni, não se preocupe, está tudo acordado, tudo encaminhado”. Onde? Onde estão os números, que não nos mostram isso?

Este Vereador vem aqui falar da Emenda nº 29! A Emenda nº 29, o nosso Deputado, Presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, está tendo a coragem de colocar no plenário para votação! Tem problemas, sim! Tem problemas históricos neste País! Agora, essa mesma voz que aqui se levanta, cobrando do Governo Federal, do Governo do Estado – e está correto, o senhor tem aqui uma parceira para cobrar, com certeza –, deveria, também, ter cobrado do então Prefeito da Cidade, José Fogaça, quando o Governo do Estado ficou devendo milhões na Saúde para Porto Alegre, e a penúria foi ficando cada vez maior na Cidade.

E é bem verdade que se centralizou em Porto Alegre aquilo que os Municípios não conseguem dar conta, porque também o Governo do Estado anterior não priorizou a Saúde nos seus Municípios.

Hoje, o Governador faz diferente, com um Secretário que está lá atuando nas Regiões para que os hospitais tenham as suas especializações nas Regiões do Estado, para que Porto Alegre não seja simplesmente um depósito de pessoas, principalmente na área da especialização.

Portanto, Ver. Cecchim, vou repetir o meu grande líder Lula, quando ele dizia – e diz – que, nunca na história deste Brasil, Porto Alegre recebeu tanto recurso na Saúde quanto no... (Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)...nunca antes na história deste Brasil, o Município de Porto Alegre recebeu tantos recursos federais, não apenas na Saúde, mas, especialmente na saúde. Se nós aprovamos verba para a cobertura de uma cancha de bocha numa praça, nós vamos aprovar esta Emenda para colaborar com o PSF do bairro Partenon, para aquela comunidade que tanto precisa desta Emenda, tão simples e tão singela, que, em já estando acordada com o Prefeito e com o Secretário, por que não aprová-la, Srs. Vereadores? Obrigada.

(Não revisado pela oradora.)

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 13, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon, encaminho a matéria em meu nome e em nome do Ver. Pedro Ruas, da Bancada do PSOL, e dos militantes partidários – o Renato Guimarães, o Nazaré, o Fonseca, o Antônio Ruas e o Henrique, apoiador de várias lutas em defesa do meio ambiente – que estão aqui acompanhando a votação do Projeto que revoga a Lei nº 470. Eu me inscrevi para debater esta Emenda do Ver. Aldacir Oliboni, primeiro, para dizer duas coisas que me parecem fundamentais. A população está cada vez mais cansada do jogo de empurra: uns dizem que não é para aprovar a Emenda, porque o Governo Federal não dá os recursos; outros dizem que não dá para aprovar a Emenda, porque mexe em recursos da publicidade; outros dizem que, nacionalmente, vai tudo bem com a Saúde, e só tem que resolver o problema da Saúde no Município de Porto Alegre. Quero dizer a vocês, com toda a tranquilidade, que nós, do PSOL, defendemos, Ver. João Antonio Dib, a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29. Nós lutamos, há anos, para que o Governo saia de cima da Emenda Constitucional nº 29, e garanta os 10% do Orçamento em aplicação em saúde. Estamos agora exigindo do Governo Dilma que pare de se aliar com o Sarney, no Senado, para não votar a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, e não invente um novo imposto para a saúde. Porque este País já viveu muito tempo com a CPMF, que não ia para a saúde, mas para o bolso do banqueiro, para pagar juros da dívida pública, para locupletar aqueles que estão sentados nos espaços do Poder, mas não iam para a saúde pública. Portanto, nós defendemos a Emenda Constitucional nº 29, sem aumento de impostos. Assim como defendemos que o Governo Tarso aplique os 12% previstos na Constituição para a saúde. O Rio Grande do Sul aplica menos de 7% em saúde pública. É uma vergonha, que o Estado do Rio Grande do Sul, com tantos problemas de saúde nas suas Regiões, com problema grave das emergências superlotadas, ausência de atendimento nas especialidades, as pessoas morrendo nas filas dos hospitais, não invista em saúde pública e siga criando cargos em comissão, ou pior, pagando a dívida com a União, que consome 20% do Orçamento Estadual. Agora, não aceitamos que esses argumentos – e nós que fazemos esse debate, com toda a coerência política do PSOL – nos impeçam de discutir o nosso Município, porque o Programa de Saúde da Família é de responsabilidade municipal. E, quando o Fogaça foi candidato a Prefeito, ele prometeu dobrar o número de Programas de Saúde da Família. Deveria haver 200 PSFs no Município de Porto Alegre – como ele prometeu lá em 2008 – até o final deste ano, e nada disso foi feito. Estão longe de serem duplicados os números de equipes da Saúde da Família; são menos de 110 equipes da Saúde da Família na cidade de Porto Alegre. Aliás, ao contrário, o que nós vimos foi a corrupção da Sollus; foram R$ 9 milhões desviados da saúde pública com a terceirização do serviço de saúde, o que até hoje não foi explicada à população de Porto Alegre. E o Ver. Pedro Ruas lutou, incansavelmente, nesta Câmara Municipal para instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito, para investigar. Houve gente que foi à Justiça lutar contra a investigação da Câmara Municipal; houve gente que foi à Justiça cassar uma prerrogativa da Câmara para investigar a bandalheira com os recursos públicos da saúde para a população que mais precisa, que é a população que usa o Programa de Saúde da Família.

Não é possível que no Orçamento Municipal não haja R$ 200 mil, e digo para as pessoas que são muitos recursos, mas num Orçamento de R$ 4,7 bilhões isso não significa nem 0,010% do Orçamento! E dizem que já está encaminhado. Mas como, se ninguém viu, se não há o projeto?! Apesar dessa luta estar sendo travada pela COSMAM há muitos anos, como está sendo encaminhado? Por que não votar no Orçamento, se está sendo encaminhado? Aliás, por que não questionar as verbas em publicidade que consomem R$ 11 milhões do Orçamento municipal ano a ano, comprando propaganda na televisão, e que não são investidos nos projetos de saúde? Então nós, do PSOL, queremos encaminhar favoravelmente à Emenda do Ver. Aldacir José Oliboni, mas colocar que, lamentavelmente, a lógica é a mesma dos Governos: o jogo de empurra para não cumprir com as suas responsabilidades, que, neste caso, é garantir o direito à Saúde pública de qualidade para a população de Porto Alegre, para a população do Estado do Rio Grande do Sul, para a população do Brasil. Por isso nós, do PSOL, com a nossa coerência, votaremos a favor da Emenda e seguiremos defendendo a Saúde pública aqui no Estado do Rio Grande do Sul e nacionalmente, cobrando do Governo Dilma.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 13, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, com toda a certeza, eu presto atenção em todos os Vereadores que vêm a esta tribuna. Uma voz que me chamou a atenção foi a da Verª Maria Celeste. A Verª Maria Celeste fez um discurso, falando, primeiramente, sobre a transferência de recursos do Estado e que ninguém tinha criticado a então Governadora, Yeda Crusius, por não transferir recursos para a Saúde. Quero lembrar V. Exª, Verª Maria Celeste, que a então Governadora foi muito criticada, mas sempre foi lembrado, naquela época, por todos os Vereadores que têm memória, que quem começou a dívida da Saúde para o nosso Município foi o então Governador Olívio Dutra. É por isso que, quando se criticam os outros Vereadores, tem-se que, em primeiro lugar, criticar o governador Olívio Dutra.

Um outro dado, Verª Maria Celeste, o que também tem que ser falado é que, no último ano em que o PT governou a nossa Porto Alegre, no último dia, aconteceu, Verª Fernanda – V. Exª, que tem sido muito coerente nos seus pronunciamentos aqui nesta tribuna –, que a Administração petista retirou recursos da Saúde de Porto Alegre e os repassou para o Hospital Conceição. Não é que Porto Alegre tenha perdido recursos, Ver. Elói Guimarães; Porto Alegre ficou com o mesmo nível de investimento no campo da Saúde nos repasses federais, só que a Prefeitura de Porto Alegre recebeu menos – e isso é só constatar, só olhar no Orçamento de Porto Alegre, é fácil de ver. A Prefeitura começou a receber menos e o Hospital Conceição começou a receber mais – no último dia da Administração petista aqui em Porto Alegre. Ora, aí vêm os petistas a esta tribuna e começam a cobrar mais eficiência na Saúde – ora, mas foram eles que retiraram os recursos daqui! E aí vem o Ver. Oliboni e quer colocar mais dinheiro na Saúde – todos nós queremos –, mas foi no Governo dele que se retiraram recursos da Saúde. Se nós temos problemas de investimentos no campo da saúde, é exatamente por causa do Governo ao qual pertence o Ver. Odacir Oliboni.

Eu já tinha prometido que não ia votar a favor das Emendas apresentadas pelos Vereadores, e ia votar apenas a favor das Emendas populares, mas eu tenho que dar os motivos. E este é um motivo mais do que especial para que não se vote esta Emenda do Ver. Oliboni, porque, afinal de contas, eu não vou dizer que o Ver. Oliboni – que é um bom Vereador, já Deputado – é um homem demagogo, mas ele está apresentando uma Emenda para colocar dinheiro, depois de o Governo dele ter retirado o dinheiro de Porto Alegre. Por essas razões, acho que uma Emenda como esta não tem cabimento, ainda mais partindo de um Vereador da Bancada petista aqui nesta Casa.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. MARIA CELESTE: Srª Presidente, quero fazer um rápido esclarecimento, diante da fala do Ver. Luiz Braz. De fato, nenhum dos Governos do Estado aplicou o que a Constituição Estadual prevê: 12 % para a Saúde. Mas quero reafirmar que o Governo que mais se aproximou dos 12% de investimentos para a saúde foi o do Governador Olívio Dutra.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está registrado.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João Carlos Nedel, a Emenda nº 13, destacada, ao PLE nº 040/11. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 12 votos SIM e 14 votos NÃO. Fica, assim, prejudicada a Subemenda nº 01 à Emenda nº 13.

Em votação a Emenda nº 14, destacada, ao PLE nº 040/11. (Pausa.) O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 14, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Verª Sofia Cavedon; colegas Vereadores, Vereadoras, público que acompanha a nossa Sessão no dia de hoje, e os que nos acompanham pelo Canal 16, a nossa saudação a todos. A gente lamenta, lamenta muito, mas espero que a população faça o julgamento do poder que tem o Vereador. O Vereador tem um poder incalculável, o Vereador decide o que pode acontecer na Cidade ou não, e depois nós ouvimos na campanha certas coisas que nos aborrecem. Acabam generalizando que os políticos, na verdade, não contribuem com o que a população mais precisa; e a população tem razão em se indignar, porque nessa região para a qual nós acabamos de votar uma Emenda, muitos dos Vereadores da base do Governo vão lá e dizem que foram eles que aprovaram ou construíram ou estão comandando determinada obra. É lamentável! E, na época oportuna, darei o nome, Ver. Alceu Brasinha, dos Vereadores que farão isso.

A próxima Emenda, nº 14, dialoga com a área da Saúde novamente, e não é distante do Terminal Alameda. É a Unidade de Saúde São José, que hoje está no porão de uma creche, num porão de uma creche alugada! E que o Governo Municipal... Quem tem dúvidas é só ligar para o Secretário da Governança, Cézar Busatto, para dizer onde será construída essa Unidade de Saúde: a umas duas quadras de onde está hoje, numa antiga praça desse bairro São José. Foi acordado de novo, Ver. João Antonio Dib, com o Governo, para construir essa Unidade de Saúde. Nós estamos finalizando mais um recurso, e o Governo disse não à população, de novo!

E depois dizem que Saúde é prioridade para o atual Governo. É uma mentira descarada, uma mentira lamentável! Isso é agressivo! O Secretário Busatto foi lá, só faltou subir num banco da praça e dizer que ali seria construído. O restante ele fez tudo! Convenceu a população, ajudou a Comissão de Saúde a fazê-lo, e tem aqui os testemunhos dos Vereadores Dr. Raul, Beto Moesch, Dr. Thiago, Todeschini, Mario Manfro, todos da Comissão de Saúde! E agora nós estamos falando grego! Saúde é prioridade quando o Governo quer fazer! Ele está dizendo para uma parte da população, para a Região Leste de Porto Alegre, mais precisamente para o bairro São José, que eles têm que continuar no porão da creche, numa área insalubre!

Ver. João Antonio Dib, sinceramente, eu gostaria que V. Exª, Líder do Governo, pudesse falar ao Executivo que não adianta vir aqui e dizer que Saúde é prioridade, porque, na prática, isso não acontece. Essa Unidade de Saúde, de tão precária que está, libera cinco fichas por dia – cinco fichas por dia! – numa população de mais de 12 mil habitantes.

A próxima unidade é na Ernesto Araújo, no Morro da Cruz; a próxima unidade é na Vila Vargas; a umas dez quadras dali, a outra é no Campo da Tuca, a mais de mil metros dali; e, no entorno dessa comunidade, próximo ao Murialdo, não há outra a não ser a Unidade de Saúde São José. E o Governo diz, novamente: “Não se preocupe, Ver. DJ Cassiá, já está com o Projeto pronto; já está com o Projeto pronto!” Mas é uma verdadeira demagogia. Eu quero ver o Projeto; eu quero ver, concretamente, a licitação do Projeto, para poder dizer à comunidade que nós conseguimos, junto com o Governo, numa ação conjunta com a comunidade, implementar o que é mais necessário, ou seja, construir uma unidade de saúde. Eu fico realmente decepcionado, mas entendo que aqui é o verdadeiro espaço da democracia e prevalece, na verdade, a vontade da maioria. Nesse sentido, a maioria é da base do Governo e não quer ampliar o serviço de saúde da cidade de Porto Alegre – está concretamente aqui confirmado por meio das emendas que estão derrubando. Nesse sentido, nós protestamos, nós nos indignamos junto com a população. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. DJ Cassiá está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 14, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. DJ CASSIÁ: Srª Presidente, Ver. Elói Guimarães, Ver. Alceu Brasinha, e Ver. Nilo Santos, meu Líder; olha, Ver. Mauro Zacher, eu prometo que não subo mais aqui hoje; Ver. Aldacir Oliboni, eu vou deixar isso para os meus outros colegas, não para rebater, mas para trazer as informações, talvez aquelas que não chegaram ao senhor ainda, e não sei por que motivo. Agora, sou um grande amigo e um grande admirador seu, Ver. Aldacir Oliboni. Eu vou aqui ajudá-lo, então. Hoje, Ver. Elói Guimarães, eu estou destinado, Ver. Paulinho Rubem Berta, a trazer notícias boas à nossa sociedade e ao nosso povo de Porto Alegre, porque se tem um Governo popular.

Ver. Aldacir Oliboni, infelizmente, a sua Emenda, a de nº 14, também não está mais no páreo, vamos dizer assim; quero comunicá-lo de que já está licitada a obra, Ver. Aldacir Oliboni! Então, lá por janeiro ou fevereiro, devem começar as obras! Estou aqui, neste momento, Ver. Aldacir Oliboni, para lhe trazer essa mensagem que deve deixá-lo muito contente e feliz, com certeza, porque não vamos precisar da sua Emenda!

Alô, Prefeito Fortunati! Ainda deve haver mais notícias boas nesta tarde, Ver. Aldacir Oliboni, até mesmo porque toda vez que subi nesta tribuna não foi para contestá-lo, de forma alguma; mas, sim, para informá-lo.

Então, estou aqui trazendo esta mensagem ao Ver. Aldacir Oliboni e à sociedade de que a Emenda nº 14 não só está favorecida, como já está licitada a obra. Eu gostaria, Ver. Aldacir Oliboni, de que, a partir de janeiro ou fevereiro, comece a sua construção, porque a obra já foi licitada. Primeiro tem que haver a licitação – não é, Ver. Aldacir Oliboni? –, para depois iniciar a construção. Pois, com certeza, se foi licitada, vai ser feita a obra – não tenha dúvida, senão não teria sido licitada. Então, vou agora propor ao meu grande amigo e companheiro, por quem tenho respeito, que, no final da votação das Emendas, ele subisse aqui e fizesse uma complementação ao Governo do Município. Um abraço, muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 14, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadores e Srs. Vereadoras, meus senhores e minhas senhoras, hoje procurei não falar muitas vezes, até para permitir que meus honrados e diletos colegas possam usar da palavra mais vezes, porque eu gosto de ouvir meus colegas falarem – eu sou um bom ouvinte. E sou tão bom ouvinte que ouço o meu amigo Aldacir José Oliboni, meu assessor para assuntos médicos da Casa, é o homem dos hospitais. Ele sabe que essas obras vão ser realizadas onde ele está pedindo as Emendas. Mas ele não acredita nele, assim como ele não acredita na Dilma, que não quer votar a Emenda nº 29. Então, por que ele não acredita nele? Ele faz aqui a Emenda nº 14, como fez a anterior: “Inclusão de subprojeto ou de subatividade” é a finalidade. Projeto: “Assistência médica e Saúde básica”. Onde? “Unidade Básica na São José do Partenon. Ele sabe que vai ser resolvido, mas como ele não acredita nele, ele pede R$ 300 mil. E aí ele diz: “Mas eu sou o José Oliboni; se não me derem R$ 300 mil, quem sabe eu vendo por R$ 150 mil”? Então ele faz uma Subemenda, pedindo R$ 150 mil, numa obra que ele sabe que vai ser realizada; se não ganhar R$ 300 mil, ele espera ganhar R$ 150 mil. Mas, infelizmente, ele não vai levar nem R$ 300 mil, nem R$ 150 mil. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 14, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, o Ver. Oliboni faz uma outra Emenda, pegando o dinheiro do Orçamento de Porto Alegre e dizendo para as pessoas que moram na São José: “Eu sou um Vereador trabalhador. Peguei R$ 300 mil e enderecei para ser construída aqui uma Unidade de Saúde nesta região, mas os meus companheiros não quiseram. Eu quis”! Esse discurso, Ver. Elói Guimarães, tem que deixar de ser feito, porque é um discurso fácil, demagógico e mentiroso. Porque qualquer Vereador, Ver. Adeli Sell, pode ficar uma manhã consultando as regiões da Cidade e dizer isso, porque qualquer região da Cidade precisa de alguma coisa: ou é uma escola, ou é uma Unidade de Saúde; de alguma coisa sempre está precisando. Eu vou lá, Ver. Elói, dando R$ 100 mil para esse lugar, R$ 200 mil para aquele, e chego aqui e coloco todos os Vereadores em xeque: “Olha, eles não querem; eu quero fazer uma Unidade de Saúde na São José, mas os outros não querem; os Vereadores não querem”. Mas não é assim que se faz Orçamento, gente! Votar Orçamento assim é uma coisa muito fácil de ser feita, isso para o Vereador, mas a imagem que se passa para a população é uma imagem que não é verdadeira.

Lembro-me de que fui visitar – e acho que todos os Vereadores foram visitar – o Hospital Parque Belém. Lá existe toda uma unidade de pronto-socorro para ser colocada em atividade, está tudo prontinho lá, e só falta, na verdade, um convênio com o Município. Por que não é feito esse convênio? Porque não tem recurso suficiente. De onde se vai tirar? Precisa ter dinheiro de algum lugar, porque não adianta ter o prédio e as máquinas todas para serem colocadas em ação; precisa-se de pessoal especializado para colocar tudo isso em ação, e aí não tem dinheiro. Aí nós vamos falar aqui: “Ah, não, o Município está falhando com o pessoal que mora naquelas redondezas da Zona Sul da Cidade”. Não, não está! É que ele não tem de onde tirar! Ele tem um Orçamento que é rico, de R$ 4,7 bilhões, mas quase a metade disso vai para pagar pessoal, e depois tem o serviço da dívida, e um monte de coisas. Na verdade, o que sobra para aplicação é pouco. E aí o Oliboni pega R$ 200 mil e joga para a São José – que precisa, eu sei que precisa, mas aí coloca todos os Vereadores nessa situação: “Eu quero fazer, mas os outros não querem”. Ah, esse discurso tem que parar de ser feito, porque, afinal de contas, é querer fazer política, subindo nas costas das outras pessoas, com o chapéu alheio, e é muito ruim fazer esse tipo de política. Por isso, com toda a certeza, não há por que se votar favoravelmente a esta Emenda, por não ter cabimento e até pelo que falou aqui o Ver. DJ Cassiá, por ser uma coisa que já foi licitada.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, eu quero pedir desculpas ao Ver. Aldacir José Oliboni. A Emenda de R$ 300 mil, na realidade, é dele; a Subemenda, é do Ver. Ferronato, o Relator. Pareceram-me semelhantes as assinaturas, eu fiz a confusão. Peço desculpas.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está registrado.

O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 14, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, exatamente, Ver. João Dib, eu estava subindo à tribuna para esclarecer que a Subemenda é de minha autoria, como Relator-Geral do Projeto de Orçamento. É por isso que estou aqui.

Esclarecida a questão, eu quero fazer aqui uma pequena meditação: nós apresentamos Emendas; a Lei Orgânica permite e a Constituição Federal também assim determina. Portanto, vir aqui dizer que não pode e que é demagogia eu acho que é algo que está destoando das nossas atribuições. Agora, enquanto Relator, nós temos – eu, no caso, tive – a possibilidade de apresentar Subemenda.

Há Emendas, grande parte delas com Subemendas. Só que, minha cara Presidente, aqui na Câmara vota-se primeiro a Emenda, e acho que votar primeiro a Emenda, seria a mesma coisa que votar primeiro o Projeto e depois as Emendas. Ora, por que se apresenta uma Subemenda, Ver. João Dib? Às vezes, para corrigir um erro apresentado na Emenda – não vou dizer que seja o seu caso –, e, outras vezes, para tentar salvar a Emenda, para manter uma janela. Se nós votamos em primeiro lugar a Emenda, daqui a pouco vamos achar que o valor da Emenda é exageradamente alto. Eu acredito que nós deveríamos fazer aqui exatamente como fizemos com o Projeto: primeiro votamos as Emendas, depois o Projeto; a mesma coisa seria votar primeiro a Subemenda, para depois votarmos a Emenda. E isso não está acontecendo! Daí o porquê desses resultados que, às vezes, não se esperam.

A Emenda do Ver. Aldacir Oliboni é interessante, e eu apresentei uma Subemenda com a viabilidade de se manter a janela, reduzindo o valor pela metade. E, agora, claro, como é que vamos votar? Vamos votar uma Emenda que tem o dobro do valor da Subemenda? É difícil! Aquele abraço, e obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 14, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Srª Presidente, colegas Vereadoras e Vereadores, há alguns colegas que, em vez de vir a esta tribuna fazer o debate sob o ponto de vista do conteúdo apresentado, fazem um debate de desqualificar os colegas, como se fazer emenda fosse crime. Eu costumo dizer nesta tribuna, e vou continuar dizendo, que este é um dos grandes momentos que nós temos para discutir o planejamento da Cidade, avaliar tudo aquilo que foi aprovado.

E, aí, Ver. Mauro Zacher, eu tenho aqui números muito presentes dos primeiros sete anos da geração Fogaça, que aplicou só 38% do Orçamento aprovado nesta Casa. Portanto, o Governo Fogaça foi, para mim, um Governo três ponto oito. E o que nós estamos fazendo agora com o que o Prefeito Fortunati manda para esta Casa? É apresentando um conjunto de sugestões para poder dialogar, e, nesse caso, é o tema da Saúde! É legítimo apresentar Emendas, Ver. Oliboni, o senhor que milita o tema da Saúde.

Quero registrar, primeiro, que não tenho acordo com a fala do Luiz Braz, porque apresentar emenda não é crime; é legal e regimental, como diz o Ver. João Antonio Dib. Segundo, por que apresentar essas Emendas, no caso da Saúde? Quero sugerir à Presidente da Câmara que convide os colegas, principalmente os que estão votando contra essa Emenda, a fazer uma visita à Vila Vargas, na São José, acima da Volta da Cobra, para verem aquelas comunidades que estão em vilas irregulares, Ver. Tarciso Flecha Negra; elas não têm esgoto, não têm água, não têm energia elétrica e não têm saúde, e aí propor um posto de saúde para cobrir esses vazios é colocado como se fosse um problema de querer aparecer. Eu costumo dizer que, na verdade, o problema desta Casa são os Vereadores que trabalham, que se dedicam, que vão às comunidades, que trazem as demandas, porque, para aqueles que não fazem isso, não há problemas! Então, não podemos aceitar esse debate rebaixado sobre a qualidade do que nós temos que fazer, nós temos que discutir conteúdo. E há um vazio na Saúde da Família na cidade de Porto Alegre. No Partenon, a Vila Vargas, é um deles.

Essa é uma proposta que se faz ao Governo para dialogar, queremos discutir, analisar. O Ver. Nelcir Tessaro, que conhece aquela região, sabe que ela é toda irregular, são vilas irregulares. É uma comunidade excluída da Cidade, não tem cidadania, e essa Emenda é para fazer uma afirmação em direção à cidadania, porque, se não tem saúde, não tem direito; não há direitos humanos para quem não tem saúde. Se não tem saúde, não tem qualidade de vida. Não tendo qualidade de vida, está excluído dos ditos benefícios da humanidade.

Portanto, Ver. Cecchim, não é problema apresentarmos Emendas; apresentar Emendas é para fazer o debate. Os colegas podem aceitar ou não, cada um com sua tese, mas não dá para nós desqualificarmos quem apresenta Emenda, dizendo que está querendo aparecer por isso ou por aquilo.

Quero repetir que uma Unidade Básica para a São José é necessária. Inclusive tem dinheiro do Governo Federal para fazer as UPAs – Unidade de Pronto Atendimento – e esse recurso está parado; esse recurso destinado para duas UPAs está parado. São quatro UPAs, em Porto Alegre, Ver. Adeli; há dois anos que esse recurso está depositado pelo Governo Federal para o Município para se construir Unidades de Pronto Atendimento, que são semelhantes às Unidades Básicas de Saúde. Então, este é o momento de analisarmos e discutirmos, nós queremos que a Saúde avance com a rapidez necessária. E o Ver. João Antonio Dib quando fala que o Governo Federal não dá atenção, isso não é verdade; nós recebemos, todos os dias, na Câmara, os extratos de todo o repasse do Governo Federal para a Saúde de Porto Alegre, conforme a Constituição brasileira. Portanto, os recursos vêm para serem aplicados. O que não podemos e não devemos deixar é que esses recursos sejam perdidos, como já foram, do QualiSUS, para o HPS, em que se perdeu dinheiro por falta de projetos.

Então, que não seja por falta de iniciativas, aqui tem mais uma, para a Unidade Básica de Saúde da Vila Vargas, do bairro Partenon, no São José. Um grande abraço.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João Carlos Nedel, a Emenda nº 14, destacada, ao PLE nº 040/11 (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 07 votos SIM e 15 votos NÃO. Fica prejudicada a Subemenda nº 01 à Emenda nº 14.

Em votação a Emenda nº 16, destacada, ao PLE nº 040/11. (Pausa.) O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 16, destacada, ao PLE nº 040/11, como autor.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidenta, Ver. Sofia Cavedon; colegas Vereadores e Vereadoras, público que acompanha a nossa Sessão. É mais uma Emenda da área da Saúde, que trata da Chácara do Primeiro, que também fica na região leste de Porto Alegre, Verª Fernanda. Quem não conhece, a região que abrange São José, Vila Vargas, é uma região muito carente, que não tem atendimento, não tem nem transporte. É uma região com mais de quatro mil famílias, realmente com sérios problemas. Uma área irregular, mas que já tem previsão de destinação de um terreno, que é uma área verde, para construção dessa Unidade de Saúde. Possivelmente, o Governo vai vir aqui e dizer que já está no planejamento. Que bom! Em 2012, vamos ter muitas obras em Porto Alegre! Pelo que eu ouvi aqui do Governo, são muitas as Unidades de Saúde que vão ser construídas. Só por essas informações já teria valido a pena eu ter apresentado as Emendas. O Governo está dizendo aqui que tudo isso será construído!

A Comissão de Saúde vai continuar fiscalizando. Os Vereadores também, Ver. Luiz Braz, porque é uma atribuição nossa. Muitos pensam que os Vereadores não trabalham, muitos sabem que os Vereadores trabalham; andam pela Cidade, sabem o que acontece na Cidade. E a grande maioria tem uma região a que se dedicam muito mais do que alguns pensam, e conhecem a dura realidade não só da Saúde, mas também do transporte, da segurança, da educação, da falta de assistência às creches, e assim por diante.

A cidade de Porto Alegre, segundo dados da própria Câmara, tem mais de 600 vilas irregulares e muitos problemas para resolver. E aqueles que estão hoje na Administração Pública sabem que têm que andar com passos largos, porque senão a população, na eleição, vai perguntar: “Onde tu estavas quando precisávamos de você”? Eu estou aqui dialogando com essa população, que está desassistida, que não está tendo atendimento médico, e a todo instante estamos vendo as Emergências lotadas; as pessoas ficam aguardando oito horas, muitas vezes, virando da noite para o dia e, às vezes, são mandadas para casa, porque o atendimento não só não satisfez à sua necessidade e não acertou o que, de fato, essa pessoa tinha. Portanto, por não fazer os exames, por não ter o atendimento adequado, essa pessoa voltou à Emergência em outro hospital.

Então, percebemos que ampliar a assistência através do Programa de Saúde da Família ou através das Unidades de Saúde é fundamental para que o cidadão tenha o primeiro atendimento, a primeira orientação, para que esse cidadão não só tenha o atendimento, mas também a medicação, o possível exame, e até mesmo uma possível internação.

São milhares de pessoas que, todo santo dia, reclamam pela não qualificação do serviço da Saúde. Nesse sentido, apresentamos mais essa Emenda para a construção de uma Unidade de Saúde na Chácara do Primeiro, na Região Leste de Porto Alegre, que fica um pouco acima da Vila Vargas, para quem não conhece. Essa área já foi, de uma certa forma, reservada; é uma área verde. A Secretaria da Saúde já esteve nesse local e sabe, assim como aconteceu com as outras duas Emendas, que nessa praça está destinada a Unidade de Saúde São José e também o Terminal Alameda.

Portanto, aquele cidadão que pode estar nos ouvindo ou aquele cidadão da região, que sabe do que estamos falando, sabe que o atendimento médico dessa região está precariíssimo; está muito, muito precário. É nesse sentido que viemos, mais uma vez, com mais uma Emenda, dizendo que é preciso, sim, que o Governo se sensibilize para ampliar o serviço da área da Saúde.

Temos certeza de que o Governo Federal faz a sua parte e deverá fazer muito mais do que está fazendo. Muitos Governos estaduais não fizeram, e este Governo está ampliando os recursos da Saúde e tem que fazer mais ainda, mas o Governo Municipal tem que se preocupar, sim, e cumprir inclusive com o que ele disse. Aqui ele disse, muitas vezes, em audiência pública, com a participação do Secretário, que esses serviços seriam ampliados e que seriam qualificados, coisa que na realidade, na aprovação das Emendas...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: ...Então, faço um apelo aos colegas Vereadores para que, quem sabe, possamos aprovar esta Emenda, destinando R$ 200 mil para a Unidade de Saúde Chácara do Primeiro, Região Leste de Porto Alegre. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 16, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Verª Sofia Cavedon, nossa Presidente, demais Vereadores, Vereadoras, público que nos assiste nas galerias e pelo Canal 16, Ver. Aldacir Oliboni, eu só posso parabenizá-lo por esta Emenda de R$ 200 mil que o senhor traz, referente à Saúde, para a construção de um posto de saúde na Vila Chácara do Primeiro. Eu tive a oportunidade, Ver. Aldacir Oliboni, junto com o projeto Câmara na Comunidade, de fazer uma visita à Chácara do Primeiro, e percebi, Ver. João Antônio Dib, que é uma região esquecida pelo Município. A dificuldade daquelas pessoas em chegar até as suas casas, pela falta de estrutura, Ver. Sebastião Melo – o senhor deve conhecer, como conhece toda a Cidade –, é muito grande; desde o transporte coletivo, que não chega às casas, fazendo com que as pessoas tenham que descer do ônibus e ir a pé até às suas casas. Também há a questão da acessibilidade. Tivemos a oportunidade, com o Câmara na Comunidade, de ver pessoas com deficiências, em cadeiras de rodas, com a maior dificuldade de saírem de suas casas, porque elas não têm como chegar até a escola, ao posto de saúde, ao transporte coletivo. Portanto, é uma área de total abandono.

E o Ver. Oliboni, de forma muito oportuna, fez esta Emenda de R$ 200 mil para a construção do posto de saúde. É o mínimo que esta Casa pode fazer para começar a dar um pouco mais de estrutura para uma região tão abandonada.

Então, faço meu apelo aos Vereadores, para que votem a favor desta Emenda, para que nós possamos começar a levar um pouco de dignidade àquelas pessoas tão abandonadas, Ver. Luiz Braz, com tantas dificuldades. E sabemos que um posto de saúde, lá, vai ser essencial às melhorias daquela região.

Também quero dizer, Ver. Oliboni, que parece que o senhor está realmente bem com o Município. O senhor faz a Emenda, e a Prefeitura vai lá e faz um planejamento para construir o posto onde o senhor o propõe por meio de uma Emenda.

O senhor está ajudando a Prefeitura a planejar em cima das suas Emendas, Ver. Aldacir Oliboni. Meus parabéns, Ver. Aldacir Oliboni, o senhor está ajudando de forma consciente. Esta é uma oposição consciente. O senhor está ajudando o Governo a planejar a Cidade. O Governo tem uma certa dificuldade de gestão, e o Ver. Aldacir Oliboni faz a Emenda, o Governo vai lá, coloca no planejamento e constrói o posto.

Parabéns, Ver. Aldacir Oliboni, por estar fazendo uma oposição consciente e ajudando no planejamento da Cidade. Eu tenho certeza de que os Vereadores vão votar a favor da Emenda. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 16, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Srª Presidente, Srs. Vereadores, senhores e senhoras, quando vem um elogio do Ver. Mauro Pinheiro, é preciso desconfiar. Parece que ele já estava adivinhando que o terreno estava sendo desapropriado, que o assunto já está sendo encaminhado. Graças a Deus! O Prefeito já está fazendo isso, Vereador, já está encaminhando, e já está sendo providenciada a desapropriação. Eu confio muito no trabalho deste Prefeito – Prefeito esse em que o Ver. Aldacir Oliboni bate tanto e bate com vontade – e também no trabalho da Secretaria da Saúde.

Mas, graças a Deus, Oliboni, esta é a última Emenda apresentada por V. Exª – a última, de tantas que V. Exª fez –, porque, senão, nós iríamos passar o tempo todo aqui escutando só o Oliboni falar.

Eu costumo dizer, Vereadores DJ Cassiá, Nilo Santos e Elói Guimarães, que eu acho que o Governador Tarso está fazendo um bom trabalho. Eu não falo do Governador, pois acho que ele está fazendo um bom trabalho. Só que aqui eles não reconhecem o bom trabalho que está sendo feito pelo nosso Prefeito Fortunati. Eu acho que o Prefeito Fortunati deveria nomear o Mauro como “ministro de Porto Alegre”, o Oliboni de “embaixador de Porto Alegre e o Comassetto como “coordenador de finanças”, pois aí eles fariam tudo acontecer na cidade de Porto Alegre. Ficaria tudo às mil maravilhas; eles iriam fazer coisas absurdamente impressionantes! Seria como ver aquela Arena do Grêmio que está acontecendo ficar melhor ainda.

Eles administraram a Cidade durante 16 anos e não conseguiram fazer, então como é que agora eles têm essa agilidade para querer fazer, para bater no Prefeito?

Mas, Ver. DJ, quero dar-lhe os meus parabéns pela nova conquista de V. Exª que, a partir do ano que vem, será o Líder da Bancada, tendo o Ver. Nilo Santos como nosso Vice-Líder. É uma Bancada unida, que se dá superbem, onde uns gostam dos outros.

Oliboni, ouviste o que eu falei? Está sendo encaminhado; a desapropriação já está sendo providenciada, e vai ficar pronto, se Deus quiser! Mas, Oliboni, eu gostaria de saber quem é que te informa tanta coisa? É alguém de dentro da Secretaria que te informa? Com certeza! O Ver. Comassetto já aceitou o cargo, então, venha para a base do Governo para ser nomeado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 16, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, quem é que conhece aqui um processo de licitação? Eu acho que todos os Vereadores conhecem como funciona um processo de licitação. Ele não é alguma coisa que começa num dia e termina no outro, ainda mais no serviço público, em que se forma uma comissão, se faz um estudo... É um processo longo, Ver. Elói Guimarães, até se chegar ao momento em que se decide pela licitação da obra.

Por incrível que possa parecer, o Ver. Oliboni apresenta aqui as suas Emendas, todas elas em cima dos processos licitatórios que estão em fase terminal, em fase de estudos na Prefeitura Municipal – ora, meu Deus do céu! E aí o Ver. Comassetto, defendendo aqui o seu companheiro de Bancada – e é normal que isso aconteça –, vem e diz: “O Ver. Luiz Braz faz um discurso rebaixado”. Não, não é nada de discurso rebaixado, eu estou falando alguma coisa aqui absolutamente lógica e dentro do contexto.

Nós estamos gastando, perdendo, Ver. Elói Guimarães – falo com o senhor por ser Presidente da Comissão de Constituição e Justiça e por estar bem aqui na minha frente –, duas tarde, dois dias para votarmos o Projeto do Orçamento – hoje, então, foi o dia inteiro – e boa parte das Emendas são desse tipo. O Ver. DJ Cassiá já veio aqui, assim como o Ver. Alceu Brasinha, para dizer que esta obra já está sendo licitada. Ora, para que nós vamos discutir recursos para uma obra que já está sendo encaminhada pela Prefeitura Municipal? E aí dizem que eu faço discurso rebaixado. Não, quem o faz é quem usa métodos assim! Eu já disse que eu não sou o Vereador mais competente da Casa, há Vereadores bem melhores do que eu, agora, eu posso fazer 20, 30, 40 emendas num dia só, passando R$ 200 mil para um, R$ 50 mil para outro, R$ 100 mil reais para outro, só que eu não estarei ajudando a Cidade assim.

Ver. João Dib, V. Exª que é Líder do Governo aqui, eu não ajudo a Cidade assim, eu não ajudo a Câmara assim, eu não ajudo a população a entender o processo de Orçamento assim! Eu só vou colocar emendas ao processo de Orçamento, Ver. Tessaro, quando vejo que posso melhorar o Projeto, quando vejo que posso orientar bem a população, para que ela possa trabalhar na conquista de alguma obra. Mas eu não posso fazer um projeto simplesmente porque eu sei que uma licitação está sendo feita para fazer um prédio “x”. Quer dizer, eu venho aqui, apresento o projeto, e os Vereadores, todos eles, que têm o seu tempo precioso, porque defendem as suas comunidades, ficam aqui para defender, ou para poder discutir, ou para não deixar passar uma Emenda como essa, o que seria vergonhoso para nós, porque, afinal de contas, por que nós estamos votando uma coisa que já está sendo licitada, Ver. Dr. Thiago Duarte, V. Exª que é da área da Saúde?

Eu vou apresentar um projeto, vou apresentar uma sugestão, onde as pessoas realmente estejam precisando, em que o Governo já está com os olhos, com um planejamento sendo realizado. Senão, na verdade, eu só estou ajudando a passar o tempo da Câmara, e isso eu acho que não é lógico, e não é a ação dos Vereadores da Câmara de Porto Alegre.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 16, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Srª Presidente, colegas Vereadores, eu fui incitado pelo tema e pela presença da Tânia, que acaba nos compreendendo muito, ajudando-nos aqui, representando a Secretaria da Saúde, a vir conversar um pouco sobre as Emendas da área da Saúde. Primeiro, eu queria dialogar, como diz o nosso Ver. Beto, com o nosso telespectador de casa. Eu estou ouvindo atentamente, e talvez, felizmente, tenha aprendido, Ver. Braz, ao longo destes três anos, como V. Exª falou outro dia, a não apresentar emendas, porque há necessidade de que o Orçamento Participativo seja valorizado. Essa é uma orientação do Prefeito, e este orçamento cumpre exatamente essa estratégia, a de valorizar a participação do Orçamento Participativo, no sentido de que ele, efetivamente, possa demandar questões à nossa sociedade. Então, esse é um posicionamento pessoal deste Vereador, neste momento histórico de efetivamente não ter apresentado nenhuma emenda.

Quero dizer que os pleitos das nossas comunidades são muitos, inclusive na área da Saúde, mas é importante poder construir junto com a comunidade e com as Secretarias afins alternativas e soluções para isso. Quero dizer, e já fiz essa referência, Ver. Oliboni, aos demais Vereadores da Comissão, com o acompanhamento da Tânia, que nós visitamos mais de 30 Unidades de Saúde neste segundo semestre. Se puderem focar aqui algumas delas (Mostra folder.): na Zona Norte, no Passo das Pedras, aqui a Gerência Distrital da Região Norte; estivemos na Lomba/Partenon, Navegantes, Ilhas, Restinga, Extremo-Sul, São José, Oeste, Panorama, Pronto Atendimento da Lomba, Vila Vargas, enfim, em mais de 30 Unidades de Saúde ao longo deste segundo semestre – e aqui estão as fotos.

A situação de algumas dessas Emendas é importante a gente colocar. Por exemplo, o Alameda, onde nós estivemos; tem uma licitação já aprovada, mas por iniciativa e até por ação do Ver. Aldacir José Oliboni, mas a Secretaria proativamente já fez isso.

A Unidade de Saúde São José, que nós visitamos, está com a licitação pronta. Essa Unidade vai poder ocupar o local de uma praça lá naquele bairro. Foi dada a liberação ambiental da SMAM, foi retirada parte da praça para poder acomodar a Unidade de Saúde; a obra está prevista para 2012. O PSF na Vila Conceição, no Partenon; precisamos, primeiro, desapropriar a área do terreno. A questão do PA, da Lomba, que vejo aqui uma outra Emenda. O PA da Lomba do Pinheiro teve totalmente reformado o seu andar básico; quem teve a oportunidade de ir lá pôde constatar isso. E é importante, sempre, que a gente faça essa menção.

Acho que existem diversas coisas em que nós precisamos avançar. Só quero finalizar, dizendo que, se há diversas coisas em que precisamos avançar, é fundamental, para que isso ocorra, que nós reconheçamos os avanços. A informatização é um avanço; essas Unidades de Saúde elencadas, já em fase de licitação, são outro avanço. O plano de carreira dos médicos, segundo alguns aqui não é avanço, mas a gente sabe o que vem ser a carreira médica e a da Saúde, no Município, que foi um avanço. É importante reconhecer esses avanços, porque, senão, a gente não vai poder prosseguir nesse processo. Então, quero me posicionar...

 

 (Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João Carlos Nedel, a Emenda nº 16, destacada, ao PLE nº 040/11. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 03 votos SIM, 18 votos NÃO e 02 ABSTENÇÕES.

Em votação a Emenda nº 20, destacada, ao PLE nº 040/11. (Pausa.) Não há quem queira encaminhar. Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João Carlos Nedel, a Emenda nº 20, destacada, ao PLE nº 040/11. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADO por 07 votos SIM e 18 votos NÃO.

Em votação a Emenda nº 21, destacada, ao PLE nº 040/11. (Pausa.) O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 21, destacada, ao PLE nº 040/11, como autor.

 

O SR. PEDRO RUAS: Srª Presidente, Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos assiste, eu inicio fazendo um pedido ao Ver. João Antonio Dib, para que retire esse destaque, pois não vejo o porquê desse destaque. Foi aprovada pela Relatoria-Geral, esta Emenda. O Grêmio Esportivo Ferrinho é uma
entidade de várias dezenas de anos, que congrega ferroviários de Porto Alegre, na verdade da Região Metropolitana. Ele desenvolve apenas, e muito eficazmente, projetos de lazer e projetos culturais. São inúmeros os artistas populares que ali se apresentam, esse local é cuidado pela direção do Esporte Clube Ferrinho, sem nenhuma despesa para ninguém; essa demanda tem 16 anos; eles auxiliam as crianças de toda a região, de todo o entorno – Voluntários da Pátria, Farrapos... Eu tinha a expectativa, correta, aliás, de que seria aprovado na Relatoria-Geral, e foi. O que eu não entendo, e aí gostaria até de saber a explicação, é por que, sendo uma atividade tão meritória, uma entidade que já prestou tantos e tantos serviços a Porto Alegre, e continua prestando, esse auxílio reduzidíssimo fosse destacado depois de aprovado. Eu encareço, então, junto a S. Exa., o Líder do Governo, que não haja esse destaque, e, se houver, que nós possamos manter a Emenda, que me parece de todo necessária e, para todos os efeitos, todos mesmos, ela somente auxilia a população de Porto Alegre.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João Carlos Nedel, a Emenda nº 21, destacada, ao PLE nº 040/11. (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 07 votos SIM, 17 votos NÃO e 02 ABSTENÇÕES.

Em votação a Emenda nº 22, destacada, ao PLE nº 040/11. (Pausa.) O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 22, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. PEDRO RUAS: Presidente Sofia Cavedon, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; de novo eu não entendo este destaque, depois de a Emenda ser aprovada na Relatoria-Geral. Na verdade, Ver. DJ Cassiá, esta aqui, Ver. Brasinha, eu não entendo mesmo! Sabem o que é isto? (Mostra documento.) Isto aqui é o transporte hidroviário de passageiros no Rio Guaíba, R$ 60 mil para o transporte hidroviário. Em 1989 – o Ver. Luiz Braz deve lembrar –, eu criei a legislação sobre o transporte hidroviário de passageiros do Centro à Zona Sul e vice-versa. De lá pra cá, ao longo dos anos, os Prefeitos sempre prometeram realizar o transporte, e a ATP não deixou. Sempre foi assim, e continua assim! Só que agora tem o transporte hidroviário ligando Guaíba a Porto Alegre. Qual é o sentido de não podermos fazer a ligação da Zona Sul da Cidade ao Centro, e do Centro à Zona Sul? Qual é o sentido de não fazer isso? O Prefeito disse – eu vi na imprensa – que isso seria realizado. O que estamos querendo é destinar R$ 60 mil, não é nada além disso, Ver. Dr. Thiago – que conhece bem a questão, conhece mesmo, é um lutador a favor do Projeto, a favor do transporte hidroviário. Esses R$ 60 mil nós estamos destinando ao trabalho da própria Prefeitura. Não é para nenhuma entidade, não é para nenhum setor da sociedade; é para toda a Cidade, apenas para investir nos projetos que a Prefeitura necessita fazer, necessita realizar. Eu, francamente, custo a crer que esta Emenda tenha sido destacada, porque isso aqui está na LDO, está no discurso do Prefeito. Nunca o transporte coletivo teve tanto sucesso como tem agora o transporte hidroviário entre Guaíba e Porto Alegre. Nós temos um Cais do Porto com 53 armazéns gerais fechados. Então, qual é o sentido de vetar R$ 60 mil para o transporte hidroviário, Ver. Oliboni? Ver. DJ Cassiá, esse valor não é para uma entidade, não é para um setor; é para a Prefeitura separar essa verba para os projetos internos. O Ver. Elói Guimarães foi Secretário dos Transportes e sabe da importância disso. Quem vai utilizar essa verba é a Prefeitura Municipal! Sessenta mil, não são R$ 600 mil nem R$ 1 milhão! A única coisa que eu posso imaginar, Presidente Sofia Cavedon, é por ser de autoria deste Vereador de oposição, porque não tem sentido nenhum! Eu não vejo o motivo do destaque, e eu quero que me expliquem o motivo desse destaque, porque foi aprovada, por obviedade, na Relatoria, ela já estava no Plurianual, está na LDO. Por que não está no Orçamento? É para a Prefeitura, Ver. Nilo Santos. Sessenta mil reais para transporte hidroviário em Porto Alegre. Eu não entendo! Eu não entendo, francamente! Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 22, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; eu queria, primeiro, encaminhar favorável, mas fazendo uma correção ao dizer que esta Emenda é do Ver. Pedro Ruas e minha também. Também sou autora de todas as Emendas do PSOL; faltou esse registro.

Queria registrar a importância da implementação do transporte hidroviário. Essa legislação, aprovada pelo Ver. Pedro Ruas, na década de 1980, anda a passos lentos para ser implementada na nossa Cidade, como meio de transporte dentro de Porto Alegre. Nós, inclusive, ficamos felizes com a primeira utilização do catamarã no sentido Guaíba/Porto Alegre, porque apostar no transporte hidroviário, que é o meio menos poluente, que é o meio que agiliza o modal todo do transporte urbano de passageiros, é fundamental. Agora, chama a atenção que o transporte hidroviário é mais barato, Ver. Adeli Sell. E, apesar disso, o custo Porto Alegre/Guaíba é de R$ 7,00 aos finais de semana, sendo mais caro que o transporte rodoviário que, também, pasmem, como em toda a Região Metropolitana, é apenas uma empresa que faz a custos altíssimos e de qualidade duvidosa. Eu queria fazer esse registro, porque nós comemoramos muito a primeira viagem Guaíba/Porto Alegre, mas lamentamos profundamente que esse meio de transporte só possa ser usado eventualmente pela população de Guaíba ou pela população de Porto Alegre, muito mais como linha de turismo do que como locomoção para o trabalho. São poucos os trabalhadores que podem pagar esse valor todos os dias, na ida e volta para o serviço. É nesse sentido, que nós também queremos desenvolver o transporte hidroviário na nossa Cidade, aqui, para locomoção da população da Zona Sul até o Centro, mas com a lógica do meio de transporte sistemático, cotidiano. Portanto, com tarifas baratas, com a possibilidade de integração com os outros modais de transporte; com, de fato, a substituição do transporte individual, que é cada vez mais necessária neste momento em que o planeta vive uma crise relativa ao aquecimento global, e devido ao modo desenfreado com que foram usados os recursos naturais.

Infelizmente, os Governos, e, muitas vezes os Parlamentos, têm andado na contramão da história. Vide que ontem, no Senado, aprovaram o relatório do Código Florestal Ambiental, que, além de várias outras coisas, além de reduzir as áreas de preservação permanente, a reserva legal, premiam os desmatadores. Como prêmio, são anistiados das multas ambientais, quem desmatou desde 2008.

Então, existe uma verdadeira motosserra tramitando no Congresso Nacional, justamente na contramão do que a história precisa, que são cidades sustentáveis, que são meios de transporte não poluentes, ou menos poluentes, como no caso do transporte hidroviário; que é a aposta no transporte coletivo em detrimento do transporte individual; que é a lógica da vida e da natureza acima do lucro. Infelizmente, não é o que nós estamos vendo nacionalmente.

Nós, do PSOL – e o Ver. Pedro Ruas que foi um lutador dessa causa, e há muitos anos inclusive aprovou a legislação municipal em relação ao transporte hidroviário –, apostamos que o Governo vai recuar nesta Emenda, Ver. João Antonio Dib. Vai retirar o destaque e aprová-la, porque R$ 60 mil – são módicos R$ 60 mil –, num Orçamento previsto de R$ 4,7 bilhões, para um tema tão importante, que é o transporte hidroviário.

Nós acreditamos que ainda tem tempo de o Governo rever a sua posição e apostar nesse meio de transporte. Porto Alegre tem muito que avançar em vários meios de transporte. Tem muito que avançar em ciclovias, em ciclofaixas; tem muito que avançar no transporte coletivo, sobretudo barateando as tarifas, que são caríssimas, e tem muito a apostar no transporte hidroviário. Nesse sentido, a nossa Emenda ajuda no Orçamento, ajuda Porto Alegre e busca transformar a nossa Cidade numa cidade mais sustentável.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 22, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, em primeiro lugar, eu quero cumprimentar o Ver. Pedro Ruas pela iniciativa da sua Emenda, que se soma ao esforço de Vereadores como o Ver. Dr. Thiago, o Ver. Mario Fraga e o Ver. Professor Garcia. Eu acho que até deveriam fazer uma Frente do Transporte Hidroviário, já que tantas frentes existem nesta Casa. Mas eu entendo que não seja necessária essa verba, porque o Executivo já determinou estudos para que se faça a implantação do transporte hidroviário, e eu acho até que teria dificuldade de usar essa verba. Portanto, entendendo a decisão do Ver. Pedro Ruas, eu, infelizmente, encaminharei pela rejeição, até porque a verba da qual ele retira recursos é das verbas em que nós não podemos mexer. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 22, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Presidente Sofia, demais colegas Vereadores, Ver. Pedro Ruas; eu quero fazer um breve histórico, Ver. Pedro Ruas, que, oportunamente, inicia com o seu Projeto de Lei no Governo Olívio Dutra, instituindo o transporte hidroviário na cidade de Porto Alegre. Depois, ele passa por diversos Vereadores ao longo das suas Legislaturas – e está aqui um deles, que é meu colega de Comissão – eu posso citar – que é o Ver. Beto Moesch, entusiasta da matéria, e que nos ajudou a organizar aquela primeira sessão de uma Comissão em um barco. O Ver. Nedel estava lá; o Ver. Brasinha estava presente. Foi no dia 31 de março deste ano. Naquela reunião, em que a Presidente também estava presente, o Prefeito instituiu um Grupo de Trabalho, Ver. Dib, que vem estudando a questão do transporte hidroviário em Porto Alegre.

Eu não preciso tecer os benefícios do transporte hidroviário, principalmente para regiões já aptas a esse transporte, que são as Regiões Sul e Extremo-Sul da Cidade. Lá, “as estradas, as ruas” já estão prontas para o transporte hidroviário, que é o próprio rio, que é o leito do rio. O barco tem um dinamismo, uma possibilidade de navegar pelo rio em situações em que não há muita profundidade. Sem dúvida nenhuma, é menos poluente o transporte hidroviário. E algumas intempéries, como por exemplo os assaltos, não ocorrem.

Quero dizer que, para tudo isso, Ver. Comassetto, V. Exª que é da CUTHAB e entende bem desta matéria, é preciso que esse transporte seja viável economicamente. De antemão, já digo que, para isso, precisa ser um transporte seletivo, porque, infelizmente, as questões de não pagamento de tarifa não podem existir ou têm que ser reduzidas.

Quero dizer também que isso passa pelo esforço de todos esses Vereadores que citei; e o Ver. Bernardino também tem tramitando na Casa um Projeto de uma marina pública.

Nós tivemos uma primeira reunião, no dia 31 de março, da Comissão de Saúde, em um barco; depois, fizemos uma reunião conjunta com a CUTHAB, no meio do ano; e vamos ter, ainda, Ver. Raul e Ver. Beto Moesch, mais uma reunião da Comissão de Saúde, discutindo o mesmo tema, provavelmente com avanços desse Grupo de Trabalho, já instituído pelo Prefeito.

Por tudo isso, acho que esta Emenda se sobrepõe às ações que a EPTC tem feito no assunto, estudos sérios de viabilidade e, seguramente – temos tido contato direto com a EPTC –, nós teremos frutos num curto espaço de tempo.

Quero mostrar aqui, só para deixar registrado, a foto dessa reunião da Comissão de Saúde, no dia 31 de março. (Mostra fotografia.) Aqui está a foto de um morador da região do Lami com o Ver. Beto Moesch, mostrando, nessa reunião, a partir desse deslocamento que foi feito em 50 minutos, sendo que daquela Região do Lami até o Centro da Cidade se gasta, em horários de pico, mais de uma hora e meia; o barco levou 50 minutos.

Então, é importante ligarmos, sim, o Extremo-Sul e a Região Sul da Cidade ao Centro através de um transporte alternativo e que possa, por exemplo, contemplar a região da Arena do Grêmio, o Gasômetro, o Complexo Beira-Rio, o Museu Iberê Camargo, o BarraShoppingSul, a Vila Assunção, Ipanema, Belém Novo e, se for viável, até o Lami. Provavelmente, Ver. Pedro Ruas, teremos desdobramentos disso ainda neste ano, projetando um ano de 2012, realizando efetivamente o deslocamento por barco. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João Carlos Nedel, a Emenda nº 22, destacada, ao PLE nº 040/11 (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 07 votos SIM e 15 votos NÃO. Fica prejudicada a Subemenda nº 01 à Emenda nº 22.

 

O SR. MAURO ZACHER: Srª Presidente, sei que estamos em pleno momento de votação de um assunto dos mais relevantes para nós, Vereadores, mas gostaria de registrar o carinho especial que a nossa Bancada do PDT tem pelo nosso Diretor Legislativo, Luiz Afonso, que está de aniversário hoje. É um competente e imprescindível servidor, Diretor desta Casa, a ele a nossa homenagem. Falo também pela Bancada do PMDB, PP... São unânimes os Vereadores em querer dar um abraço forte ao nosso grande colaborador.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Fazemos nossas as palavras do Ver. Mauro Zacher.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, na realidade, a Bancada do Partido Progressista quer dizer ao nosso Diretor Legislativo que ele realmente é eficiente, e nós gostamos muito dele. E pelo seu aniversário eu já o havia saudado hoje pela manhã. Mas eu quero dizer mais, Srª Presidente. No tempo em que eu estou aqui, citaria como sendo um dos destaques na Diretoria Legislativa o nosso Luiz Afonso, que eu chamo de 37. Saúde e PAZ para ele!

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Srª Presidente, em meu nome e em nome do meu Partido, eu quero fazer o registro da importância e da competência do nosso Diretor Luiz Afonso. Eu acho que é uma homenagem justa que se faz a ele, mas eu não poderia deixar, neste momento, de registrar a presença do Sandro Brenner, o homem das Comissões, dedicadíssimo! Ele tem feito um trabalho na Comissão de Finanças e Orçamento, está sempre conosco, atuando, orientando, sugerindo acertos... Estamos fazendo também em nome do PSOL esta homenagem aos nossos ilustres servidores. Acho que com isso homenageamos todos os servidores da Câmara Municipal de Porto Alegre. Um abraço a vocês! Obrigado.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Verª Presidente, evidentemente que nós já sabemos de toda a competência dos coordenados pelo nosso Diretor e que ele não se permitiria ser homenageado sem distribuir e dividir isso com os seus colegas de jornada. Só que os demais não estão de aniversário hoje. O aniversário é dele, então, meus cumprimentos ao aniversariante! A minha expectativa é que todas essas homenagens sejam sintomáticas. O que estamos dizendo, provavelmente queiram dizer e não saibam como. Fica, fica, fica com a gente!

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Verª Sofia, falo em nome da Bancada do PT, ao nosso 37, Luiz Afonso, e nós somos suspeitos para falar, pois só temos a agradecer ao Luiz Afonso por ele estar presente, sempre auxiliando os Vereadores desta Casa. Na nossa opinião, é uma pessoa indispensável aqui no nosso Plenário, e para a condução dos trabalhos na nossa Casa. Só podemos parabenizá-lo e desejar saúde e paz, e que tenha cada vez mais sucesso, como tem tido até hoje, pelo vigor do seu trabalho. Parabéns.

 

O SR. NILO SANTOS: Em nome do PTB, dos Vereadores Elói Guimarães, DJ Cassiá, Brasinha, e deste Vereador, saudações! Parabéns ao nosso querido Diretor Luiz Afonso, que é amigo da nossa Bancada, e a nossa Bancada também é sua amiga.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Em primeiro lugar, quero registrar que estou aqui há 11 anos e nunca vi uma saudação tão extensa como esta! Aliás, nós dizemos aqui que o Luiz Afonso é o 37º Vereador.

Eu tive a honra de trabalhar com o Luiz Afonso nos dois anos em que presidi esta Casa. Esta Casa tem servidores muito competentes e que merecem o nosso respeito, todos eles; foi dito sobre o Sandro, mas o Luiz Afonso é indispensável para a vida Legislativa. Nunca tomei nenhuma decisão nessa área sem consultá-lo. Da nossa Bancada, de todos os Vereadores, receba um abraço muito fraterno, e a Cidade ganha muito se você continuar aqui, deixando-nos fazer menos besteiras quando nos excedemos. Meus cumprimentos.

 

O SR. NELCIR TESSARO: Presidente Sofia, em nome da Bancada do PSD, em nome dos Vereadores Tarciso Flecha Negra e Bernardino Vendruscolo, mas especialmente em meu nome, agradeço pela colaboração, pelo trabalho que tivemos no ano de 2011. Cumprimento esse nobre servidor público que sempre agiu com imparcialidade, e isso é muito importante. Parabéns, e feliz aniversário!

 

O SR. PAULINHO RUBEM BERTA: Sr. Luiz Afonso, eu estou apenas no primeiro mandato nesta Casa e aprendi a admirá-lo pelo seu trabalho, pela sua honestidade, pelo seu carisma, mas principalmente pela sua amizade, que acho que a conquistei. Tenho o maior respeito pelo senhor. Parabéns, e que Deus lhe conserve da mesma maneira que o senhor sempre foi aqui. Falo também em nome do Ver. Elias Vidal.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Vereadores e Vereadoras, se Vossas Excelências que ainda não ocuparam a presidência o elogiam dessa forma, imaginem os Vereadores que conduziram esta Casa como Presidentes, qual o valor do nosso Diretor Legislativo, Luiz Afonso!? Eu quero não só sublinhar as palavras de todos, mas também dizer que, na condição de Vereadora petista, reconheço a capacidade que o Luiz Afonso tem de, pertencendo a um Partido, atender a todos e nunca provocar qualquer erro ou utilizar o seu saber, o seu conhecimento, para tender a um Partido ou a outro, ou ao seu. Temos uma admiração muito grande, um carinho muito grande por ele, e não é só competência técnica, é a disponibilidade, é a atenção desse nosso grande amigo. Então, parabéns, Luiz Afonso!

 

(O Sr. Luiz Afonso recebe os cumprimentos da Verª Sofia Cavedon.)

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Verª Sofia, já que demos uma pequena pausa, eu quero fazer um convite especial aos meus Colegas e aos servidores desta Casa. Na próxima sexta-feira, fará quinze anos que o André Forster nos deixou. Ele foi Vereador desta Casa, foi Presidente desta Casa, e como tem feito falta o André! E há muitos amigos do André aqui. Nós vamos fazer uma singela homenagem a ele, numa praça que tem o nome dele, na Av. Nilópolis, perto da Encol. Então, eu queria convidar todos os Vereadores para darem um abraço na família e relembrarem a história linda, bonita do nosso querido e sempre imortal André Cecil Forster. Será na sexta-feira, dia 9, às 19 horas, lá na Praça, vamos ter uns amigos dele tocando uma viola, com o pessoal tomando um chimarrão.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito bem.

Em votação a Emenda nº 24, destacada, ao PLE nº 040/11. (Pausa.) Não há quem queira encaminhar. Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João Carlos Nedel, a Emenda nº 24, destacada, ao PLE nº 040/11 (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 07 votos SIM, 18 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.

Em votação a Emenda nº 32, destacada, ao PLE nº 040/11 (Pausa.) O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 32, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Srª Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores, nossos telespectadores, ouvintes, a Emenda nº 32 foi demandada na Comissão da Copa, da Câmara. Portanto, é uma Emenda que visa à Copa do Mundo de 2014, e é uma Emenda, na minha avaliação – sei também que é para o Professor Garcia, que a assinou conosco, e da maioria dos Vereadores –, bastante importante para Porto Alegre. Por quê? Em 2012, em Porto Alegre, haverá um festival de folclore, e a ideia é fazer um belo festival, porque a proposta que temos é de que em 2014 se faça, em Porto Alegre, o Festival Internacional de Folclore, no mesmo período da Copa do Mundo, e para esse Festival se convidariam todos os países que vêm ao Brasil disputar a Copa do Mundo.

E por que recurso agora? Recurso agora pela importância, Ver. Bernardino, Ver. Tarciso, de se fazer um belo evento no ano que vem. São apenas R$ 50 mil para que se viabilize, lá em 2014, o Festival Internacional de Folclore, em Porto Alegre, com a participação dos países que virão para o Brasil, Ver. Nedel, e não apenas para Porto Alegre.

Acho que a proposta é interessante; ela está encaminhada por nós, mas foi uma demanda do Grupo Andanças, da UFRGS, que organiza e coordena esse tipo de evento.

É por isso que eu quero chamar a atenção do Ver. Luiz Braz, quando ele fala que não votaria em emenda de Vereadores, mas esta, necessariamente, foi assinada por nós, e é uma Emenda que expressa o anseio dos organizadores do nosso Festival de Folclore.

Portanto, estamos aqui para pedir o voto favorável, essencialmente da Bancada de situação, eis que nós estamos aqui fechados em votar favoravelmente.

Portanto, vamos vencer, vamos dar esse pequeno recurso a esse grupo, para que, em 2014, nós, além do futebol, tenhamos outras ações. É exatamente igual à Emenda da Muay Thai, que já foi aprovada, que diz que será efetuado, será desenvolvido o Festival Americano de Muay Thai, e, em 2014, o nosso pleito é que venha para cá o campeonato mundial, como também o nosso festival de folclore. Obrigado, um abraço.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 32, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. ADELI SELL: Presidente Sofia, vocês viram e ouviram muito bem, no início da Sessão, uma certa indignação que eu expus aqui sobre um conjunto de emendas. Aí, Ver. Nedel, V. Exª deve se perguntar: o que deu no Adeli, que agora vai defender uma Emenda? Eu vou defender uma Emenda pelo ineditismo, pelo diferencial das outras emendas. Eu sei que alguns colegas vão ficar meio brabos comigo; estavam me cobrando por que eu estava tão rebelde com relação às emendas.

Bom, eu já fiz o debate, mas o que o Ver. Ferronato está propondo, na verdade? Com o Professor Garcia, nós fizemos uma discussão sobre a Copa, tem-se que retirar resultados práticos disso, e uma das ideias é apoiar esse Festival do Folclore, para que isso se torne uma efeméride realizada; agora, talvez de dois em dois anos; depois, anualmente em Porto Alegre.

Porto Alegre é a cidade dos eventos, é uma cidade do turismo de negócios; há um forte contingente cultural em Porto Alegre. Nós temos que explorar isso, por isso eu me propus a vir aqui defender esta Emenda. Como foi fruto de um trabalho parlamentar, não necessariamente o Executivo esteja envolvido, como nós estamos envolvidos aqui, talvez, com alguns aspectos diferenciados da Copa, Tarciso, é que eu me propus a defender, veementemente, a proposta Ferronato/Professor Garcia: pelo seu diferencial, de como ela surgiu, não é uma emenda particular, nem particularista, ela trata de uma questão universal, ela pode colocar, com apenas R$ 50 mil... Vocês se lembram que, para os jogos do Master Mundial de Atletismo, que nós teremos aqui no ano de 2013, fomos ao Prefeito, a Câmara inteira – o Ver. Sebastião Melo era o Presidente –, e solicitamos a ele R$ 100 mil para os jogos de atletismo? Graças a esses R$ 100 mil, Ver. Cecchim, o Master de Atletismo vai se realizar em Porto Alegre. Serão seis mil atletas, 14 dias na Cidade para o Master Mundial de Atletismo em Porto Alegre, com a bagatela de R$ 100 mil, que, para um evento desses, terá um retorno impressionante. O Festival de Folclore, pela magnitude que pode tomar, pela diversidade das nossas etnias, nós deveríamos estar organizando festivais gastronômicos, etnia por etnia. Eu mesmo realizei, dias atrás, de uma forma restrita, um jantar afro do meu Partido; vocês imaginem um festival gastronômico de proveniência afro que nós conseguiríamos organizar com todos os Partidos, com a Prefeitura, com a sociedade.

Veja, Cecchim, o turismo tem que ser mais bem explorado em Porto Alegre, é um alvo multifacetado. É por isso que eu venho fazer essa defesa aqui. Nem precisei dos meus cinco minutos. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PEDRO RUAS (Requerimento): Eu tenho um Requerimento à Mesa, Presidente. Eu quero retirar a prioridade de votação do PLCL nº 016/09, porque, em função da votação do Orçamento, eu não tenho ideia de qual horário ele entrará para votação, e uma série de entidades que estavam presentes já se retiraram. Então, eu lhe peço a retirada da prioridade, e oportunamente veremos quando poderemos colocá-lo em votação.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está acolhido o pedido de retirada da priorização da votação do PLCL nº 016/09 – Pontal do Estaleiro.

 

O SR. PEDRO RUAS: Obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 32, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Presidente Sofia Cavedon, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, inicio, Ver. Ferronato, dizendo que vou votar a favor da sua Emenda – ponto! Agora, não vou perder a oportunidade de dizer o seguinte: pago um churrasco para todos os Vereadores se este Secretário da Cultura cumprir com essa Emenda. O Prefeito, não tenho dúvida, mas esse pessoal da Cultura, aqui de Porto Alegre – não me levem a mal –, não acredito! Eu voto favoravelmente, até porque, Ver. Ferronato, eu tenho defendido que precisamos investir no folclore, na cultura regional gaúcha como uma opção de investimento, de lazer, de cultura, enfim, para buscar e incentivar o turismo. Eu, que tenho defendido isso, não poderia votar contra. Agora, desculpem-me, mas eu não acredito! Vou pagar um churrasco para os 36 Vereadores, podem agendar! Já recebi gente que está me apoiando e vão pagar a sobremesa! Já comecei a gastar menos. Quero um candidato para pagar o refrigerante. Eu vou pagar um churrasco para os 36 Vereadores se este Secretário fizer esse investimento para o folclore aqui em Porto Alegre; eu não acredito! Vou pagar, com o maior prazer, um churrasco para os 36 Vereadores.

(Manifestações fora do microfone. Inaudíveis.)

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: O Ver. Nedel está dizendo que vai me ajudar a pagar. Então, já tem gente... Olha, já estou gastando menos! A cada momento que passa, começo a gastar menos. Mas pagarei com muito prazer! Eu não acredito, por isso vou votar favoravelmente. Ver. Airto Ferronato, não esqueça: vou votar favoravelmente e me comprometo com o churrasco. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 32, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Srª Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, subscrevi a Emenda juntamente com o Ver. Airto Ferronato. Eu já acompanho esse grupo Andanças, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, há bastante tempo. Só para os senhores e as senhoras saberem, esse grupo foi convidado para participar do último Mundial na África do Sul, para representar o Brasil e fazer apresentações. Na realidade, quando se diz que não há recursos, é uma falácia. Por que digo isso? Porque, na realidade, há inúmeros grupos – e aí o Ver. Bernardino tem a sua razão –, são inúmeros os movimentos, e o folclore reflete vários tentáculos dentro da Cultura de Porto Alegre. Se a Cultura de Porto Alegre não tem Orçamento, tem suas dificuldades... E não é muito, é 0,46%. O orçado para a Cultura em 2012 são R$ 42 milhões; agora, quero dizer para os senhores e as senhoras – pouca gente sabe: o Orçamento da Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre é maior do que o Orçamento da Secretaria Estadual de Cultura; é maior do que o da Secretaria Estadual de Cultura! Se tiverem alguma dúvida, basta buscarem os seus Orçamentos. Está falando alguém aqui que é presidente da Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude desta Casa, que este ano teve a oportunidade de participar de alguns debates sobre a questão da Cultura de Porto Alegre e do Estado. É que para a Cultura as pessoas viram de costas. E acho que temos uma bela oportunidade... Primeiro, não é um valor exorbitante: são R$ 50 mil. Posso até me fixar na questão do conceito: se der R$ 50 mil para um, tem que dar para outro. Bem, problema dos outros, que não pediram.

Eu aprendi uma coisa na minha vida: que conquista a gente não perde, a gente quer sempre mais. É por isso que estou brigando, para que se garanta isso. Vocês vão ver que é alta a qualidade; pertence à Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade essa que é a terceira melhor universidade do nosso País em termos de qualidade, faz um produto altamente sério, de alta qualidade. Por isso, senhoras e senhores, peço a sua reflexão. Se depois o Secretário vai querer pagar ou não, é uma outra história, mas o importante é que seja gravado no Orçamento, e é isso o que venho pedir aqui. Muito obrigado

(Não revisado pelo orador.)

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Srª Presidente, quero entregar à senhora um ofício que estamos encaminhando. Ontem, o Presidente da Associação dos Pais e Amigos de Pessoas com Deficiência, que é deficiente físico, sofreu um constrangimento nesta Casa, porque foi estacionar no local reservado aos deficientes, o qual estava ocupado por uma pessoa não deficiente e que quase o agrediu. Eu quero encaminhá-lo à senhora, para que tome providências no sentido de que se respeitem as pessoas com deficiência, principalmente nesta Casa. Muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Tomaremos providências.

O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 32, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu lamento pelo que foi objeto da colocação do Ver. Engenheiro Comassetto.

Nós estamos diante dessa Emenda produzida pelo Ver. Garcia, em conjunto com o Ver. Ferronato. Observo que a maioria da Casa não precisa mais ouvir nada, estão absolutamente resolvidos. Obviamente que eu tenho expectativas de poder ajudar em algo, confessando lisamente o que irei confessar agora a todos os Srs. Vereadores e às Sras Vereadoras. Primeiro, meu caro Ver. Bernardino Vendruscolo, abro mão do seu churrasco, mas eu tenho expectativa de que o Secretário da Cultura não tenha o comportamento que V. Exª está anunciando. Eu fui alertado agora, poucos minutos antes de vir à tribuna, de que o Secretário da Cultura acha que terá dificuldades orçamentárias para ajustar essa Emenda na sua realização. Por isso, quero fazer essa ressalva, não tenho nenhum preconceito contra o Secretário, eu tenho é o compromisso que assumi na Comissão Especial da Copa, que foi aqui visitada por uma comissão dos organizadores desse festival, que colocaram inúmeros exemplos da sua atuação em várias cidades do interior do Estado e que agora vêm aqui para Porto Alegre a realização desse festival latino-americano da música folclórica. Ora, isso é, inclusive, meu caro Ver. Marcantônio, uma excelente demonstração de cultura popular. Nós sabemos como é importante para nós, gaúchos, com essa mescla étnica, patrocinar uma integração dessa ordem.

As dificuldades orçamentárias eu acho que são possíveis de serem resolvidas. O que nós não podemos ter aqui é nenhum preconceito e nenhuma predisposição.

Então, se eu pusesse fazer um apelo aos colegas, eu apelaria no sentido – e acho que posso – de que déssemos essa oportunidade, aprovássemos esta Emenda e aguardássemos as expectativas de que se houver dificuldade de o Município, por problema orçamentário de cumpri-la, ao longo do exercício e da execução orçamentária, com as possibilidades que nós temos, buscando, inclusive, se for o caso, a janela da suplementação, ajudar a Secretaria de Cultura a cumprir essa Emenda que eu espero ver aprovada. Por isso, Ver. Marcantônio, sem nenhum preconceito ao Secretário, que eu acredito ser um lidador das coisas da Cultura, pelo qual eu tenho apreço, eu tenho confiança de que, com a sua competência, vai encontrar meios, modos e forma de atender àquilo que for a decisão da Casa, que eu espero que seja a favor desta Emenda. Muito obrigado, Srª Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 32, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; colegas Vereadores e Vereadoras, senhoras e senhores, esta Emenda aqui apresentada pelos Vereadores Ferronato e Professor Garcia exemplifica o debate que nós temos feito durante toda essa tarde: para que servem as emendas e qual é o papel dos Vereadores? Eu venho aqui novamente, primeiro, para defender esse direito, que é um direito constitucional, legítimo e que serve para que nós possamos apresentar para a Cidade alguns pontos que as pastas que trabalham setorialmente não produzem. Portanto, produzir, em Porto Alegre, um Festival Mundial de Turismo, iniciando com uma ação menor, para chegarmos na Copa de 2014, em que o mundo todo estará olhando para o Brasil, e, entre as Capitais, para Porto Alegre, significa nós trabalharmos uma visão estratégica, primeiro, da universalização dos povos – não só dos direitos, dos deveres, mas também dos seus costumes –, e, segundo, significa garantir que haja um incremento no Turismo, um reconhecimento da nossa Cultura, e da Cultura dos outros povos. Portanto, esta Emenda vem valorizar culturalmente e socialmente os povos, vem respeitar as suas diferenças e produzir as suas potencialidades culturais.

Então, venho aqui, sim, reafirmar e dizer que votaremos favoravelmente a esta Emenda, porque produzir um Festival Internacional de Folclore para Porto Alegre não é pouca coisa.

Eu cito aqui outro exemplo que colocou Porto Alegre no cenário mundial. Quando iniciamos o Fórum Social Mundial, houve muitas críticas, mas, logo depois, Ver. Adeli, o próprio setor hoteleiro da Cidade – hospedarias, restaurantes, taxistas –, Ver. João Carlos Nedel, que preside a Frente de Turismo aqui de Porto Alegre, lamentou quando Porto Alegre deixou de ter o Fórum Social Mundial, porque, justamente o período de janeiro e fevereiro é um período em que a Cidade está vazia, e o Fórum lotou a cidade de Porto Alegre com povos de todo o mundo, dentro de uma causa, de um princípio – e, agora, ele retornará a Porto Alegre, do dia 25 de janeiro do próximo ano até o último dia de janeiro. Os jornais de hoje estão anunciando que os presidentes de todos os países do Mercosul estarão aqui, junto com a Presidenta Dilma, para trabalhar esse tema. Portanto, temas como esses são geradores.

Ver. Nedel, eu tive o prazer, ontem, de participar do espetáculo de final de ano da OSPA, no Salão de Atos da Reitoria, e lá, Ver. Garcia, estava o nosso Secretário de Cultura do Estado do Rio Grande do Sul, anunciando os recursos para que a OSPA, finalmente, faça a construção, aqui ao lado da Câmara, da nossa Sala de Música da OSPA, ou do Teatro da OSPA, como queiram. Parte do recurso, R$ 5 milhões, virá do Estado; parte, da iniciativa privada, e a Presidenta Dilma estará aqui, no próximo dia 13, repassando R$ 25 milhões para a construção. Por quê? Porque há um movimento todo em torno da Cultura, nesse caso, especificamente, da música erudita, em que a OSPA nos representa muito bem.

Concluo, dizendo que votaremos favoravelmente a esta Emenda. E para isto serve o trabalho dos Vereadores: para provocarmos, propormos e construirmos alternativas àquilo que, muitas vezes, o Executivo não percebe. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. DJ Cassiá está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 32, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. DJ CASSIÁ: Ver. Comassetto, não se pode ser contra qualquer investimento na Educação de qualidade e na Cultura.

Dificilmente, Ver. Luciano Marcantônio, há manifestações, por parte dos políticos, para investimentos na área da Cultura. A Cultura é totalmente esquecida, Ver. Marcantônio. Aliás, esta Emenda do Ver. Airto Ferronato é indiscutível, assim como muitas emendas que passaram por aqui.

Agora, vejam bem, a maior arrecadadora de impostos do País chama-se Petrobras, e eu não a vejo sequer patrocinar ou bancar ações culturais populares. Aliás, ajudem-me aqui, por favor, e me digam se algum dos senhores viu, em alguma comunidade carente, uma placa da Petrobras, dizendo que está, naquele local, investindo na cultura popular; cultura popular essa que também faz parte da prevenção. Ajudem-me, por favor, digam-me se viram alguma placa em alguma comunidade ou em algum bairro carente.

Quero dizer, Ver. Adeli Sell, que escutei o seu pronunciamento, e o senhor, como sempre, foi sábio nas suas palavras.

Esta Emenda, Ver. Airto Ferronato, poderia até ter um tipo de ajuda. Ver. Nilo Santos, a própria CEEE contribui e faz um investimento na área da Cultura. Agora, Ver. Elói Guimarães, será que, no momento em que aprovarmos uma Emenda do Ver. Airto Ferronato e do Ver. Professor Garcia, será que isso não abre uma janela para os outros segmentos culturais? Ver. João Antonio Dib, no momento em que aprovarmos uma Emenda – que não é ruim, é uma Emenda boa –, isso não abre uma janela para outros segmentos culturais? Abre; abre, sim. Abre, porque no momento em que você der ou ajudar, ou passar qualquer financiamento público, com certeza, Ver. Luciano Marcantônio, outros segmentos virão aqui, pelo seu direito, cobrar também e querer também. Agora, não precisaríamos estar aqui fazendo Emendas. Não precisaríamos estar aqui fazendo Emendas, se o dono do bolo o dividisse melhor. O dono do bolo não somos nós. O dono do bolo é o Governo Federal. A maior arrecadação vem do Governo Federal, que teria que fazer um maior investimento na Cultura.

Então, quero, aqui, Ver. Nilo Santos, fazer um apelo aos colegas da Bancada do Governo Federal: nos ajudem a fazer com que a Petrobras invista todo aquele montante que ela arrecada, que são milhões, milhões e milhões, e eu não vejo um centavo sequer investido em cultura popular. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 32, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu conversava com o Ver. Toni Proença a respeito da distinção do que é tradição e do que é folclore. Como nós podemos trabalhar com os dois temas, identificar esses temas dentro daquilo que existe aqui no nosso Rio Grande do Sul. E o Toni me falava: folclore são as danças, que também fazem parte da nossa tradição. Tudo aquilo que é do imaginário do nosso povo, as histórias do Simões Lopes Neto, tudo isso, na verdade, faz parte, está dentro do nosso folclore. Mas, em determinadas coisas – e não sou muito versado nisso, Ver. Elói Guimarães –, eu acredito que exista uma certa mistura, quando falamos de tradição e de folclore. Tem muitas coisas do folclore que se misturam com as nossas coisas da tradição. Os outros povos também são assim, são exatamente iguais.

Então, eu acho que um tema como esse – o 4º Festival de Folclore – mereceria receber recursos por parte do Município, ainda mais numa época em que nós estamos recebendo muitos outros povos por causa da Copa do Mundo.

Nós temos tanto uma tradição como um folclore muito ricos. Eu acredito que nós, também, ao ouvirmos aquilo que os outros povos trazem das suas tradições e do seu folclore, daqui a pouquinho, Ver. Adeli Sell – V. Exª que é um homem muito rico na história –, poderíamos estabelecer paralelos de como surgiram as coisas por aqui e como surgiram as coisas por lá.

Valeria a pena, realmente, Ver. Airto Ferronato, esse investimento por parte do Poder Público? V. Exª coloca aqui um total de R$ 50 mil para poder fazer com que este 4º Festival de Folclore possa existir – Festival Internacional de Folclore.

Mas eu disse, desde o início, e continuei repetindo: em algumas emendas eu não votei, porque eu não votaria jamais, realmente, em algumas emendas que foram apresentadas aqui, porque acredito que – não vou chamá-las de ridículas, porque são obras feitas por amigos, por parceiros – são coisas que não deveriam mais estar dentro desse processo de Orçamento, Ver. Idenir Cecchim, porque só fazem perder tempo e não levam a absolutamente nada.

Agora, uma proposta como essa, do Ver. Ferronato e do Ver. Professor Garcia, é muito rica. Eu não votarei, Ver. João Dib, exatamente por causa daquilo que acordei com este Plenário desde o início: que eu não votaria nenhuma emenda, a não ser aquelas emendas populares; então, não votarei. Mas, com toda a certeza, eu reconheço, Ver. Ferronato, que esta Emenda, sua e do Ver. Garcia, merece ser estudada; é uma Emenda que, se não for aprovada agora – até acredito que será aprovada – merece que continue sendo discutida na Secretaria de Cultura do nosso Município, para que possamos, quem sabe, em uma época futura, ter oportunidade de estudar um pouquinho mais o nosso folclore e compará-lo com o folclore dos outros povos que vêm até aqui para participar desse 4º Festival.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 32, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Srª Presidente, gostaria de ser muito rápida, apenas porque houve várias intervenções de Plenário; eu pretendia nem falar desta Emenda, mas só para algumas correções que me parecem importantes. A Emenda do Ver. Airto Ferronato e do Ver. Professor Garcia na verdade permitem que o grupo Andanças, da UFRGS, construído há décadas com a comunidade acadêmica e fora da Universidade, com a comunidade em geral, possa realizar um festival de folclore no ano que vem, trilhando os caminhos para que, em 2014, se realize no bojo dos eventos internacionais da Copa do Mundo, um festival internacional de folclore aqui no Brasil, aqui em Porto Alegre, Capital do Rio Grande do Sul. Esse grupo, inclusive esteve em festivais na África do Sul, em 2010.

Parece-me que é uma Emenda muito singela e importante, Ver. Airto Ferronato, que foi um dos proponentes desta Emenda, inclusive Relator da matéria pela CEFOR. São apenas R$ 50 mil para um Orçamento, que, no caso da Cultura, está orçado em R$ 43 milhões. Quero só fazer um registro nesta tribuna, porque, se R$ 43 milhões parecem muito em um montante para a Secretaria Municipal de Cultura, mas, percentualmente, Porto Alegre segue investindo menos de 1% do Orçamento. É apenas 0,92% da previsão de arrecadação, porque, quando se faz um Orçamento, se faz com previsão e estimativa de arrecadação, e, muitas vezes, a Prefeitura não arrecada aquilo que previu, e o que vale é o percentual previsto. E está previsto apenas 0,92% do Orçamento para a Cultura.

Eu queria fazer esse registro, porque é evidente que o Governo do Estado gasta muito pouco em Cultura, mas nós não podemos seguir o mau exemplo, ao contrário, temos que dar o exemplo de investimento nessa área em Porto Alegre, ainda mais em se tratando do debate da Copa de 2014. Porque nós estamos vendo as isenções em nome da Copa, nós estamos vendo o regime urbanístico da Cidade sendo mudado para beneficiar, via de regra, os grandes grupos empresarias, em nome da Copa. Nós estamos vendo 4.500 famílias sendo atingidas pela Copa e sendo removidas. Lá na Vila Dique, no reassentamento perto do Porto Seco, já existem vários problemas relativos às casas, inclusive rachaduras, casas que não são acessíveis, casas pequenas para a população, que foram objeto de dezenas de audiências públicas nesta Casa; ausência de escolas, de postos de saúde, ... As comunidades atingidas pela duplicação da Av. Tronco ainda não sabem os 18 bairros da região que querem para, de fato, ser removidos; o problema do valor do bônus-moradia.

Eu, do PSOL, o Ver. Pedro Ruas, Líder da nossa Bancada, estamos muito atentos para lutar para que a Copa seja um evento para a população de Porto Alegre. Afinal, o que ficará da Copa de 2014 para os porto-alegrenses? Nós não queremos que os turistas deixem de ser bem recebidos – que eles sejam muito bem recebidos –, mas nós não queremos que a Copa seja um evento apenas para inglês ver, que aconteça como aconteceu no Panamericano, com construção de elefantes brancos que, depois, foram destruídos; suspeita de obras superfaturadas, segregação espacial da cidade do Rio de Janeiro com a população tolhida de participar dos eventos. Então, nós, preocupados com a questão da Copa, sabendo da importância das atividades culturais no bojo da Copa de 2014, acreditamos que a Emenda do Ver. Professor Garcia e do Ver. Airto Ferronato é meritória, merece o nosso voto. Pedimos a sensibilidade do Governo para que aprove esta Emenda importante para a Cidade, para o folclore, para a Cultura, que pode, inclusive, gerar um evento internacional na nossa Cidade.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação a Emenda nº 32, destacada, ao PLE nº 040/11. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.)

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Requerimento): Srª Presidente, solicito votação nominal.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João Antonio Dib, a Emenda nº 32, destacada, ao PLE nº 040/11. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 12 votos SIM e 14 votos NÃO.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA (Questão de Ordem): Nós solicitamos renovação de votação.

 

O SR. REGINALDO PUJOL (Questão de Ordem): Srª Presidente, pode haver renovação de votação, sim, na próxima Sessão, se requerida, pois a matéria foi decidida por dois votos.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Eu pediria um instantinho para que o nosso Diretor Legislativo possa nos tirar essa dúvida. (Pausa.)

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Excelência, não precisa dar-me a resposta agora.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Vamos votar a sua Emenda, depois resolvemos esse tema.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Eu não prejudico o andamento dos trabalhos, mas fica sustentado que nós estamos requerendo a renovação, porque, regimentalmente, a matéria que é decidida com menos de três votos de diferença pode ser renovada, perfeito?

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito bem.

Em votação a Emenda nº 38, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Srª Presidenta, eu só gostaria da informação sobre a renovação da votação.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Senhores, vamos dirimir a dúvida (Lê.): “Da renovação de Votação, art. 196, § 3º. Será admitida a renovação de parte do processo de votação dos projetos ou substitutivos, mediante requerimento aprovado pelo Plenário, desde que respeitadas as prejudicialidades que possam surgir com relação às demais proposições (...). § 4º. O requerimento escrito, devidamente fundamentado, será apresentado até a sessão ordinária seguinte a de votação da matéria. § 5º. Na Ordem do Dia subsequente à aceitação do requerimento, renovar-se-á o processo de votação na ordem estabelecida no art. 105 desta Resolução.”

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Excelência, eu me proponho a encaminhar à Mesa, em tempo hábil, o Requerimento para ser submetido...

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Já há o Requerimento.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: O Requerimento já está sendo encaminhado.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Requerimento está sendo redigido e vamos votá-lo.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: O Requerimento vai ser votado na próxima Sessão?

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Agora? Vamos suspender a Sessão até que o Requerimento esteja pronto.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Reginaldo Pujol, eu quero fazer um apelo a V. Exª para enfrentarmos a Emenda nº 38, a última Emenda destacada. Depois, avaliamos o Requerimento.

Em votação a Emenda nº 38, destacada, ao PLE nº 040/11. (Pausa.) O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 38, destacada, ao PLE nº 040/11, como autor.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, quero pedir um minutinho da atenção de todos para dizer que tenho o maior respeito às ponderações que ouço sobre a exaustão a que os colegas e as colegas estão submetidos nesta hora. Quero tranquilizá-los, dizendo que nenhum dos senhores e das senhoras comete alguma coisa equivocada. Eu também me encontro exausto nesta hora e acho que, dificilmente, além da Presidente a quem eu encontrei aqui no plenário às 8h45min, alguém tenha chegado na Casa antes de mim no dia de hoje. Não almocei e estou participando de todos os debates que estão aqui ocorrendo. Eu gostaria de ter a atenção, por exemplo, do Ver. Luiz Braz, que é um Vereador por quem eu tenho grande respeito, e que, em um determinado momento dos debates, hoje, aqui na Casa, disse que jamais ia permitir, pela sua posição pessoal, que se colocasse recurso em uma cancha de bocha em detrimento de uma sala de aula. Isso para mim é emblemático. Eu estou mexendo em uma verba que é destinada, por antecipação, ao carnaval de Porto Alegre. Então, esse recurso, aprovada ou não a minha Emenda, vai ser utilizado para o carnaval de Porto Alegre – para o carnaval e para a Universidade Popular do Carnaval.

Desses valores, que não são pequenos, que é a concordância do Município de investir nessa festa popular, estou querendo mexer em R$ 10 mil. Ouçam bem: R$ 10 mil, Ver. Adeli Sell.

O Ver. Idenir Cecchim, simpático como é, até numa brincadeira comigo, dizia há pouco tempo: “Pujol, eu vou recolher mil reais de cada um dos colegas, e tu desistes dessa tua Emenda”. Acho que, provavelmente, até V. Exª, Ver. Luiz Braz, cederia a um apelo meu nesse sentido, mas eu não estou buscando isso. O que eu quero é introduzir, no Orçamento da Cidade, um conceito novo. Nós aprendemos no cotidiano que este gosto do brasileiro pelo carnaval e pelo futebol pode, com muita frequência, ser utilizado positivamente. Isso levou, inclusive, as mais distintas autoridades públicas deste Estado e deste País a, em determinado momento, aprovarem o convênio que foi feito com o Instituto Ronaldinho, com o objetivo de mobilizar a juventude através do esporte, através do futebol. Com frequência, nós ouvimos isso.

Na Restinga, nós realizamos algumas experiências, Ver. Mauro, que nos dizem o seguinte: na alfabetização, Ver. DJ Cassiá, é possível utilizar o carnaval como elemento auxiliar, contribuindo decisivamente para a alfabetização dos jovens, porque é mais fácil motivar o jovem a cantar o samba-enredo da sua escola de samba do que recitar um poema qualquer de um ilustre poeta brasileiro, que é um grande desconhecido para eles.

Então, o que se quer, meu caro Ver. Dr. Thiago – que tem lá na Restinga grandes experiências positivas? Queremos que nos deem um espaço do Orçamento do Município de R$ 10 mil – R$ 10 mil, o vencimento de um Vereador durante um mês. Dez mil reais. Porque, com esse valor, nós estaremos abrindo uma porta. E eu convoco a todos para que nós busquemos mais recursos para um programa de inclusão da juventude da Restinga, através de um projeto específico, porque, para o carnaval, senhores, na Restinga já está resolvido; a Lei de Incentivo à Cultura nos autoriza a captar R$ 600 mil, dentro das possibilidades que ali existem.

Não pensem que nós estamos querendo introduzir esses R$ 10 mil para a Restinga sair no carnaval; não, nada disso, não precisamos disso! Precisamos para intensificar e desenvolver um projeto de inclusão social no qual eu acredito. Eu quero ser fiador deste Projeto! Quero que os senhores me cobrem, daqui a 12 meses, daqui a 24 meses, se aprovado este Projeto, e se forem viabilizados esses R$ 10 mil, se eles foram ou não foram bem aplicados.

Os senhores vão ser os meus partícipes. Eu estou avalizando este Projeto, estou comprometendo, sim, o meu nome! Nunca fui pedir dinheiro público para a minha escola de samba, não! Sempre resolvemos os nossos problemas através de outros mecanismos. O que eu quero é desenvolver um projeto no qual eu acredito.

Ora, se o Ver. Pujol não merecer dos seus Pares a confiabilidade de entregar à sua entidade, da qual ele é patrono, R$ 10 mil para fazer um projeto de inclusão social, nós estamos muito longe de trabalharmos por este momento da sociedade porto-alegrense.

E, acreditem, eu quero ver os senhores festejarem junto comigo a consecução deste Projeto, que me comprometo a organizar se tiver o apoio dos senhores.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Eu já tenho inscrições para encaminhar, mas eu gostaria de chamar os Líderes e, se pudermos, queremos conversar com o Ver. Dib, porque estamos, de novo, com uma dificuldade: estamos com todos os colegas do PREVIMPA presentes. Então, precisamos organizar melhor o nosso horário.

Temos dois Vereadores para encaminhar.

O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 38, destacada, ao PLE nº 040/11. (Pausa.) Desiste.

Nós precisamos agilizar, senhores. Quero fazer um apelo a Vossas Excelências: estamos na última Emenda; nós temos um Requerimento, temos de votar o Projeto. De novo, teremos um conflito. Eu gostaria de decidir isto agora, porque eu transfiro a palestra da Srª Marilena Chauí para o Auditório do Ministério Público, se for preciso. Mas eu preciso resolver isso com Vossas Excelências.

O Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 38, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; eu não gostaria de ficar diante desse impasse, porque, afinal de contas, como nós estamos votando o Orçamento de Porto Alegre, e as questões todas aqui são importantes, porque estamos distribuindo, Ver. Engenheiro Comassetto, os recursos que são arrecadados dos contribuintes. Então, Ver. Reginaldo Pujol, ninguém nesta Cidade, tem mais legitimidade do que V. Exª para falar sobre carnaval; V. Exª conhece muito bem as escolas de samba e conhece muito bem a Restinga, porque não apenas ajudou a fazer o carnaval da Restinga, como atuou em outros setores de lá. Mas V. Exª não coloca esta Emenda nº 38 para o carnaval, e isso, Ver. João Dib, me faz pedir licença ao meu público.

O Ver. Reginaldo Pujol está colocando R$ 10 mil, e diante das Emendas que nós tivemos aqui, Ver. Paulinho, de R$ 200 mil, R$ 50 mil, R$ 500 mil, eu não posso, de repente, tratar esta Emenda da mesma forma como tratei as outras. Dez mil reais são apenas para que se abra uma rubrica para se poder tratar de inclusão. Eu acredito que se existe uma região em Porto Alegre que precisa muito de projetos de inclusão, é a região da Restinga, não que as outras também não precisem; há a região do Ver. Paulinho, a minha região ali na Glória. Mas quem está fazendo esta proposta é o Ver. Reginaldo Pujol. Ele, praticamente, não coloca recursos, ou grandes recursos, ele está colocando mais um recurso simbólico para se abrir essa rubrica com relação à inclusão social.

Ver. Reginaldo Pujol, V. Exª sabe que eu votei contra todas as Emendas que foram apresentadas – todas elas – e até tinha falado a V. Exª que ia votar contra a sua Emenda – votei apenas a favor das Emendas populares. Mas como eu vejo que a intenção de V. Exª é apenas abrir uma rubrica para fazer essa discussão, porque, é claro, com R$ 10 mil V. Exª não vai fazer nenhuma inclusão, também é claro que não vai ajudar nenhuma escola de samba com esse valor – até porque a escola a que V. Exª está ligado tem muito mais do que isso, e R$ 10 mil não vão fazer nenhuma diferença. Este Projeto aqui é de inclusão, eu vou pedir licença às pessoas com as quais me comprometi de não votar as Emendas apresentadas, mas votarei a favor da Emenda de V. Exª, esta de R$ 10 mil, porque, afinal de contas, nós precisamos disso, precisamos da inclusão, e eu sei que V. Exª conhece muito bem a área, eu sei que V. Exª tem toda a legitimidade para pedir que se abra essa rubrica e que nós poderemos, realmente, trabalhar em cima dela. Eu tenho certeza de que V. Exª será vitorioso neste Projeto e nessa sua intenção, por isso eu peço licença àquelas pessoas com as quais eu me comprometi, pois vou votar na Emenda de Vossa Excelência.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Vou suspender a Sessão, e gostaria que os Líderes se reunissem junto à mesa do Ver. João Antonio Dib, para decidirmos a continuidade da Sessão.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 18h29min.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 18h33min): Estão reabertos os trabalhos.

Agradeço às Lideranças; combinamos encaminhar todas as próximas votações sem manifestação.

O Ver. Engenheiro Comassetto – dentro do acordo – está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 38, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Srª Presidente, colegas Vereadores e Vereadoras, senhoras e senhores, esta Emenda, desde que o Ver. Reginaldo Pujol a construiu, tem dialogado conosco. E vou, aqui, num minuto, justificar o nosso voto e o porquê.

Primeiro, esse tema da Universidade Popular do Carnaval, aprovado nesta Casa em 2005, é um conceito que está aprovado. Nós tivemos a oportunidade, naquele momento, de sermos autores dessa proposição, que significa transformar o tema do carnaval não só no desfile de carnaval, mas que a maior festa da cultura popular do mundo possa formar pessoas que tenham a oportunidade de ter uma formação profissional, seja ela do estilista, do aramista, do músico, e assim por diante. E a juventude do carnaval hoje é a que mais sofre o assédio, justamente da drogadição. Então, qualquer oportunidade que possamos ter, devemos trabalhar, e a Restinga, que também é nossa Escola de Samba, desenvolve um trabalho social.

Esta Emenda é para que fique a rubrica no Orçamento, para que possamos trabalhar outros projetos de captação de recursos para potencializar o carnaval e a Universidade Popular do Carnaval. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João Antonio Dib, a Emenda nº 38, destacada, ao PLE nº 040/11. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA com 20 votos SIM e 02 votos NÃO.

Em votação o PLE nº 040/11. (Pausa.)

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Eu precisava, na condição de Relator-geral, fazer um pronunciamento, mas não o farei em homenagem às pessoas que estão conosco na tarde de hoje. Aquele abraço!

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Vereador. Quero dizer aos municipários que todos os Vereadores abriram mão de falar para podermos garantir a votação do PREVIMPA.

Em votação o PLE nº 040/11, com as Emendas aprovadas. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO, com votos contrários das Vereadoras Fernanda Melchionna e Maria Celeste.

 

Em votação nominal, por solicitação do Ver. João Antonio Dib, o Requerimento, de autoria do Ver. Professor Garcia, que solicita renovação de votação da Emenda nº 32, destacada, ao PLE nº 040/11. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 26 votos SIM e 04 votos NÃO.

Encerrada a votação do Orçamento.

Pelo acordo, vamos agora votar a gratificação previdenciária.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 3792/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 051/11, que cria a Gratificação Previdenciária (GPREV), no âmbito do Departamento Municipal de Previdência dos Servidores Públicos do Município de Porto Alegre (PREVIMPA), e dá outras providências.

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ, CEFOR, CUTHAB e CEDECONDH. Relator-Geral Ver. Adeli Sell: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, III, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia em 07-12-11.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLE nº 051/11. (Pausa.) Não há quem queira discutir. (Pausa.) Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO. (Palmas.)

Parabéns aos colegas municipários. Os Vereadores estavam precisando deste aplauso hoje – e merecendo –, porque estão trabalhando desde as 9h30min da manhã, com apenas uma hora e meia de intervalo.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon- às 18h43min): Está encerrada a Ordem do Dia.

Apregoo o Memorando nº 92/11, de autoria do Ver. Carlos Todeschini, que solicita representar esta Casa na homenagem ao Dia Nacional da Extensão Rural, no dia 6 de dezembro, a partir das 13 horas, na Assembleia Legislativa.

Apregoo o Memorando nº 109/11, de autoria do Ver. Engenheiro Comassetto, para representar esta Casa na 31ª Reunião do Conselho das Cidades, que ocorrerá em Brasília, no período de 7 a 9 de dezembro de 2011, no Ministério das Cidades.

 O Ver. Comassetto sinaliza que não irá; então, suspenderemos depois.

Apregoo o Memorando nº 33/11, de autoria da Verª Maria Celeste, que solicita representar esta Casa em reunião sobre a recolocação das famílias da Vila Floresta, no dia de hoje, às 16 horas; evento já realizado.

 

O SR. NILO SANTOS: Srª Presidente, quero apenas dizer a todos, aqui, que amanhã eu estarei fazendo esclarecimentos ao Ver. Aldacir Oliboni, na sindicância, com relação àquela questão que ocorreu dentro do Postão. Estarei apresentando a ele o motivo real pelo qual foi apontado o servidor.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito obrigada.

Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, estão todos convidados a participar da Conferência da Srª Marilena Chauí, às 19 horas.

 

O SR. TONI PROENÇA: Quero apenas informar que eu também estava na representação, às 16 horas, em que a Verª Maria Celeste participou da reunião na sede da Justiça Federal, pela CEDECONH. Obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está feito o registro. Informo ao conjunto dos Vereadores que há um acordo das Lideranças para, quarta-feira, dia 14, repetirmos a Sessão Extraordinária pela manhã e pela tarde.

Nada mais havendo a tratar, estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 18h45min.)

 

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